(Foto
de Aristide a receber o titulo de cidadão honorário)
O
Artista Plástico desenvolve trabalhos em diversas técnicas como pintura (óleo e
acrílico), gravura em metal, litografia, xilogravura, desenho, aquarela e
tapeçaria.
Pintor, desenhador,
gravador, tapeceiro e arquitecto. Após sua graduação como arquitecto, na
Faculdade de Arquitectura de Bucareste/ Roménia, em 1970, desenvolve projectos
para complexos industriais na área de electrónica e electrotécnica. Entre 1976 e
1978 reside em Israel, onde trabalha com projectos arquitectónicos e
paisagísticos para a cidade de Jerusalém.
Na
década de 1980 abandona a arquitectura, dedicando-se às pesquisas nas áreas de
tapeçaria, gravura e pintura.
Nas suas primeiras experiências em arte-têxtil, embora
presas aos processos tradicionais, já denotam sua ligação com a natureza. Sem
abandonar a preocupação ecológica, a partir de pesquisas feitas com tear de
pente evolui para a tapeçaria-objecto ou tapeçaria-escultura – servindo-se das
cores naturais dos materiais. Começam, assim, a surgir objectos
tridimensionais, que sugerem entrelaçamento de raízes e troncos, vegetais e
animais. Abandonando a visão europeia, procura criar com “olhos novos” a
tecelagem indígena e o habitat de sua terra de adopção.
Na pintura, evolui de uma visão pós-impressionista para o
pós-fauvismo. Sem abrir mão da figuração lírica, a sua temática concentra-se na
lúdica infantil. Inspirando-se no quotidiano de seus filhos, as suas
personagens principais são crianças correndo, andando de bicicleta, dançando ou
em múltiplas brincadeiras em parques de diversão.
Inicialmente
a sua obra caracteriza-se pelo toque solto e a densidade da pincelada
tipicamente impressionista.
Em 1987, em individual na Galeria do Inter, passa a tratar
a tela mediante massas vibrantes de cores e luzes. No mesmo ano, na Mostra
Parcerias, já se observa uma profunda modificação no seu trabalho, que se
aproxima de um pós-fauvismo que nada tem a ver com os Nouveaux Fauves alemães,
americanos e franceses dos anos 1980.
A
escolha das obras foi feita por mim, que escolhi as que mais gosto e que não
segue com rigor o percurso deste artista. J
Retoma o grafismo – instrumento essencial do arquitecto –
mas fá-lo com uma liberdade extrema. A linha negra, na realidade, acentua a
vibração das cores.
Na exposição Jogos de Espelhos, promovida pela PUCPR em
1991, adoptando a temática crianças que brincam em parques de diversões e
selecciona a Série de Carrosséis.
Embora se perceba por trás da planificação segura do espaço a mão do arquitecto, sente-se também o poeta que, por meio das cores e da maneira sui generis de compor este mesmo espaço, é capaz de transformá-lo em magia. Além da forma circular predominante, percebe-se nessas composições, uma nítida tendência ao triangular. As cores e os toques vibrantes materializam os sons dos parques de diversões e os estímulos visuais que as crianças recebem pela TV.
Esta vibração é acentuada mediante o jogo feérico dos espelhos no centro dos carrosséis. Em seus reflexos mágicos estão presentes não só a dinâmica das próprias brincadeiras, a sucessão rápida das imagens que constantemente se metamorfoseiam, mas também o símbolo da alegria solar da infância, capaz de triunfar não só contra a cega sociedade de consumo como também contra a ameaça de destruição que paira sobre a humanidade na era pós-nuclear.
Na área da pintura mural, uma de suas experiências mais
significativas é o mural alusivo ao Centenário da Imigração Judaica, instalado
no salão nobre do Centro Israelita do Paraná,em 1990. Nele, o artista
inspira-se na Série de Navios Imigrantes de Lasar Segall, para narrar a saga
dos judeus vindos ao Brasil. Em sua leitura da travessia, incorpora elementos
do paranismo, transformando a imagem dos candelabros judaicos em pinheirais.
No
conjunto da sua obra, Aristide Brodeschi é um artista que tem um amplo domínio
do vocabulário pictórico, capaz de criar um clima ao mesmo tempo dinâmico e
poético.
Aristide Brodeschi
deseja-vos:
Shabat
Shalom!
Fonte:
Aristide Brodeschi
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