terça-feira, 22 de outubro de 2013

Robert Capa - Endre Ernő Friedmann



Robert Capa, de seu nome verdadeiro Endre Ernő Friedmann (Budapeste, 22 de Outubro de 1913 — Thai-Binh, 25 de Maio de 1954), foi um fotógrafo húngaro.

Faria hoje 100 anos!


Robert Capa, durante a cobertura da Guerra Civil Espanhola, em 1937. Foto: Gerda Taro


Um dos mais célebres fotógrafos de guerra, Capa cobriu os mais importantes conflitos da primeira metade do século XX: a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa, a Segunda Guerra Mundial na Europa (em Londres, na Itália, a Batalha da Normandia em Omaha Beach, e a libertação de Paris), no Norte da África, a Guerra árabe-israelita de 1948 e a Primeira Guerra da Indochina.



Durante os seus estudos secundários sente-se atraído pelos meios culturais marxistas. Foi fichado pela polícia e teve que se exilar em 1930. Vai para Berlim onde se inscreveu na Faculdade de Ciências Políticas e aproximou-se do meio jornalístico. Encontrou trabalho na "Dephot" (Deutscher Photodienst), a maior agência de jornalismo da Alemanha naquela época.


A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, uma vez que aparece a fotografar Leon Trótski, no meio de múltiplas dificuldades, durante um congresso em Copenhague. O aparecimento do nazismo e a religião judaica de Robert fazem com que em 1932 ele tenha que deixar Berlim, dirigindo-se para Viena e depois, Paris. É neste período que adopta o nome profissional Robert Capa, pelas suas ressonâncias americanas, embora o apelido tivesse origem na alcunha de Endre Friedmann do tempo da escola na Hungria, Cápa (ler: tsápa), que significa Tubarão.


Em 1934 encontra Gerda Taro, e no ano seguinte ambos criam o personagem Robert Capa, repórter mítico de nacionalidade estado-unidense, pelo que Endre Friedmann se declara associado a Gerda Taro, sua primeira namorada, também fotógrafa-produtora. O nome do repórter Robert Capa rapidamente fica célebre, mas logo se descobre que ele se serve de um pseudônimo. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde Gerda encontra a morte no ano seguinte.





Em 1938, Capa vai à China para fotografar o conflito sino-japonês, retornando à Espanha em 1940, logo que a França cai sob o jugo nazi. Retira-se em seguida para os Estados Unidos, onde começa a trabalhar para a revista Life. Posteriormente vai para Inglaterra e depois para a Argélia.




Em Junho de 1944 participa no desembarque da Normandia, o Dia D. Depois da guerra, com David Seymour, Henri Cartier-Bresson e George Rodger, funda a Agência Magnum (constituída oficialmente em 1947). Nos primeiros tempos, ocupa-se na organização da estrutura, partindo em seguida para o "terreno".





Robert Capa fotografou a Guerra Civil Espanhola, onde tirou a sua mais famosa foto ("Morte de um Miliciano"), a Guerra Civil Chinesa e a II Guerra Mundial com lentes normais, o que fez com que ele se tornasse um dos mais importantes fotógrafos europeus do século XX.


A fotografia "Morte de um Meliciano" ou "O Soldado Caído" foi feita em 5 de Setembro de 1936 em Cerro Muriano, sendo veículada em 23 de Setembro na revista francesa VU e um ano depois na revista americana Time. 


"Morte de um Miliciano" ou "O Soldado Caído", 5 de Setembro de 1936, durante o início da Guerra Civil Espanhola.

(...)

Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de Maio de 1954, ao pisar sobre uma mina terrestre. Seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas. A câmara permanecia entre suas mãos.


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