Assassinato do Primeiro-ministro Yitzhak Rabin (1995)
Yitzhak Rabin, Comandante-em-Chefe das Forças de
Defesa Israelitas durante a Guerra dos Seis Dias e depois Primeiro-ministro de
Israel, foi assassinado nesta data em 5756 (1995).
Yitzhak Rabin (em hebraico יצחק רבין; Jerusalém, 1 de Março de 1922 — Tel Aviv, 4 de Novembro de
1995) foi um general e político israelita.
Quinto primeiro-ministro de
Israel, no cargo entre 1974 e 1977, regressou ao cargo em 1992, exercendo
funções até 1995, ano em que foi assassinado. Foi também o primeiro chefe de
governo a ter nascido no território que se tornaria Israel e o segundo a morrer
durante o exercício do cargo, além de ser o único a ser assassinado.
Em 1994, Rabin recebeu o Prêmio
Nobel da Paz, juntamente com Shimon Peres e Yasser Arafat. Ele foi assassinado
pelo direitista radical israelita Yigal Amir, que se opunha à assinatura de
Rabin no Acordo de Oslo.
Yitzhak
Rabin ao lado de Bill Clinton e Yasser Arafat, num aperto de mãos que selaria o
Acordo de paz de Oslo, no dia 13 de Setembro de 1993.
Yitzhak Rabin nasceu em
Jerusalém, em 1 de Março de 1922, judeu, filho de pai nascido nos Estados
Unidos e mãe nascida na Rússia, ambos imigrados para a então Palestina
Britânica, quando tinha um ano de idade, altura em que a sua família se mudou para
Tel-Aviv, onde cresceu e frequentou a escola. Seu pai morreu quando ele era um
menino, e ele trabalhou com uma idade precoce para sustentar sua família.
Yitzhak Rabin em 1937
Em 1941, já formado pela Escola
de Agricultura Kadoorie, ingressa na Haganá, uma organização paramilitar
judaica, e dentro desta no seu corpo de elite, o Palmach, onde foi oficial de
operações. Durante a Guerra de Independência (1948-1949) comandou a brigada
Harel que conquistou a parte Ocidental de Jerusalém. Com o cessar-fogo de 1949,
foi membro da delegação israelita nas negociações de paz com o Egipto.
Yitzhak
Rabin com Yigal Allon em 1948, durante a Guerra da Independência.
Em 1948, durante a Guerra
árabe-israelita de 1948 contraiu matrimónio com Lea Schlossberg, sua esposa
durante os seguintes 47 anos. O casal teve dois filhos, Dalia (Pelossof-Rabin)
e Yuval.
Com a
sua mulher, Leah, no seu apartamento de Ramat Aviv a 14 de Novembro de 1992.
Meses antes o Partido Trabalhista havia ganho as eleições e Rabin nomeado
primeiro-ministro pela segunda vez. Eram os anos do processo de paz.
Em 1974
com a filha Dália e o filho Yuval, enquanto era entrevistado e pintado.
Entre 1964 e 1968 exerceu as
funções de Chefe do Estado-Maior do Exército israelita, tendo sido um dos
responsáveis pela vitória de Israel na guerra de 1967, que opôs o país aos seus
vizinhos árabes.
Após se aposentar das Forças de
Defesa de Israel, tornou-se embaixador nos Estados Unidos entre os anos de 1968
e 1973. Nesse ano regressa a Israel, onde é eleito deputado no Knesset
(Parlamento), pelo Partido Trabalhista.
Foi Ministro do Trabalho no
governo de Golda Meir. Com a queda do governo de Meir, em 1974, Rabin é eleito
primeiro-ministro, mas demite-se em 1977.
Entre 1985 e 1990 é membro dos
governos de unidade nacional, onde desempenhou as funções de Ministro da
Defesa, tendo implementado a retirada das forças israelitas do sul do Líbano.
Apanhado desprevenido pela Intifada de Dezembro de 1987, tenta, sem sucesso, reprimir
o levantamento dos palestinos ordenando que os soldados quebrem os ossos dos
manifestantes. Na ocasião, recebeu o pejorativo apelido de
"quebra-ossos".
Em 1992 foi eleito líder do
Partido Trabalhista, que conduz à vitória nas eleições legislativas de Julho
desse ano, tornando-se primeiro-ministro pela segunda vez. Desempenhou um importante
papel no Acordo de Paz de Oslo, que criaram uma Autoridade Nacional
Palestiniana com algumas funções de controlo sobre a Cisjordânia e a Faixa de
Gaza. Em Outubro de 1994 assinou o tratado de paz com a Jordânia.
Foi galardoado com o Nobel da
Paz em 1994 pelos seus esforços a favor da paz no Oriente Médio, honra que
partilhou com o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, Shimon Peres, e com o
então líder da OLP, Yasser Arafat.
Depois
de participar num comício, Yitzhak Rabin foi assassinado por um extremista que
se opunha ao processo de paz. Faz hoje 15 anos.
No dia 4 de Novembro de 1995
foi assassinado pelo estudante judeu ortodoxo Yigal Amir, militante de
extrema-direita que se opunha às negociações com os palestinianos, quando
participava num comício pela paz na Praça dos Reis (hoje Praça Yitzhak Rabin)
em Tel Aviv. Yigal foi condenado à prisão perpétua. A sua viúva faleceu em 2000
de câncer no pulmão.
O
túmulo do casal encontra-se no cemitério do Monte Herzl, Jerusalém em Israel.
O monumento no local do assassinato:
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