quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sionismo - Parte III e última



  Congresso Sionista, realizado em 1898.


O Sionismo Socialista
 A partir do Segundo Congresso Sionista, realizado em 1898, surgiram os Sionistas Socialistas, inicialmente um grupo minoritário, em sua maioria oriunda da Rússia, mas que exigiu representação na Organização Sionista Mundial. A presença dos sionistas socialistas seria cada vez maior, chegando à maioria dos delegados a partir de do 18º Congresso, realizado em Praga, em 1933. Os sionistas socialistas formariam o principal núcleo político dos fundadores do Estado de Israel, gerando futuros líderes como David Ben-Gurion, Moshe Dayan, Golda Meir, Yitzhak Rabin e Shimon Peres. (Fotos em baixo pela mesma ordem dos nomes).




Diferentemente dos primeiros sionistas reunidos por Herzl, os sionistas socialistas não acreditavam que o Estado Judaico seria criado apelando à comunidade internacional, mas através da luta de classes e dos esforços da classe trabalhadora judaica na Palestina. Os socialistas pregavam o estabelecimento dos kibbutzim (fazendas coletivas) no campo e de um proletariado nas grandes cidades.


O Sionismo Político

A cisão da Organização Sionista pelos socialistas provocou a formação de um segundo bloco, a que se chamou de “Sionistas Políticos”, que tal como Herzl e também Chaim Weizmann, preconizavam a independência do Estado Judeu pela via diplomática.





Em busca disso, o próprio Herzl encontrou-se com o Kaiser Guilherme II da Alemanha e com o Sultão Abdul Hamid II da Turquia, com os quais pediu o apoio de seus países para o estabelecimento do Estado Judeu na Palestina.



Após a morte de Theodor Herzl, em 1904, e com o fracasso de uma solução negociada para a independência do Estado Judeu, o Sionismo Político foi perdendo importância dentro da Organização Sionista.


O Sionismo Revisionista

Os maiores opositores dos sionistas socialistas seriam os Sionistas Revisionistas, que surgiram em 1925, liderados por Vladimir Ze'ev Jabotinsky, um filósofo liberal que pretendia reviver na Organização Sionista “o espírito e a doutrina verdadeiramente herzlianos.


Para os sionistas revisionistas, o Estado Judeu só seria viabilizado com a organização dos judeus em frentes paramilitares que combatessem, simultaneamente, a presença britânica na Palestina (a partir de 1917) e a resistência armada dos árabes muçulmanos da Palestina, que vinham atacando pessoas e propriedades dos sionistas. Os revisionistas também combatiam os socialistas, pois pregavam uma ideologia liberal-democrática (contrária ao marxismo) dentro da Organização Sionista e a defendiam para o futuro Estado Judeu.

Sionismo religioso

O Sionismo religioso é uma denominação genérica dada a todas as correntes religiosas judaicas que se autodefiniram como participantes do movimento sionista, apoiando a imigração ao Estado de Israel. O argumento comum entre as várias correntes do sionismo religioso é que o nacionalismo judaico e a criação de um Estado são obrigações impostas pela Torá (a Bíblia Hebraica). Este argumento contrapõe a posição da maior parte dos judeus ultraortodoxos, que vêm a volta do povo judeu a Terra de Israel, e a criação de um Estado judaico - como parte da era messiânica, portanto não deram seu apoio ao movimento sionista.
O Sionismo religioso tem como lema:

"O povo de Israel, com a Torá de Israel, na Terra de Israel",

e vê a criação do Estado de Israel como o princípio da consumação deste lema e da redenção do povo judeu.







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