A Iniciativa do Óleo
Rabino Yossef Karo (1488-1575), o gigante
espiritual, faz uma pergunta interessante sobre Chanucá. Como o pote encontrado
tinha azeite para uma noite e o milagre foi ter durado oito noites? Então
deveríamos acender nossas velas apenas por sete noites, pois a primeira noite
não foi um milagre. O próprio sábio, e outros nos séculos que se seguiram,
ofereceram muitas respostas.
Talvez possamos acrescentar
algo mais e ainda bem atual. Após as suas vitórias heróicas e milagrosas, os
macabeus entraram no Templo Sagrado para purificá-lo e acender novamente o
candelabro, assim manifestando sua gratidão a D’us. Infelizmente não
encontraram azeite suficiente, e levaria oito dias para conseguir um novo lote.
Provavelmente entre os próprios macabeus surgiram realistas dizendo:
“Para que começar algo que amanhã não terá
continuidade. Já esperamos vários anos sem acender a menorá, esperemos mais
oito dias (a distância até o local onde fabricavam azeite) e então começaremos
para nunca mais parar. A lei da natureza está contra nós”.
Estas são palavras que ouvimos
em muitos lugares até nos dias actuais. Porém os dedicados macabeus rejeitaram
este argumento e imediatamente acenderam o candelabro.
Essa manifestação tão profunda
de fé e coragem, sabendo que logicamente no dia seguinte não haveria uma
continuação, já é um milagre por si mesma. O acto de acender a chanukiá foi um
milagre tão grande quanto o milagre que veio a seguir.
Esta é a inspiração que devemos
captar em Chanucá. Ainda há pessoas que acham que o autêntico Judaísmo não é
algo para os dias actuais. Porém muitas entidades no mundo inteiro, já
mostraram que é totalmente possível.
Esta é a grande lição que
Chanucá transmite aos nossos tempos. Como os antigos macabeus, devemos ser
acendedores de lampiões, e a luz da Torá brilhará forte- mente iluminando
nossas vidas, aquecendo nossos corações e lares, levando-nos para um futuro
seguro e significativo.
Fonte:
Sem comentários:
Enviar um comentário