sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A minha moradia é uma tenda


Feliz Sucot para todos vós, são os votos sinceros do Eterna Sefarad, por

Ziva David JJJ




 
 

Fontes:
Quadro de:

Rochelle Blumenfeld

Música:

http://www.youtube.com/watch?annotation_id=annotation_394086&feature=iv&src_vid=FlcxEDy-lr0&v=oXx5Wp3GcSE

Uma Ilha no Tempo e o Shabat




Shabat Shalom!



A maioria de nós, acostumados a viver em grandes centros urbanos, desfrutamos diariamente doses de conforto e modernidade, mas devemos mencionar – e como seria possível esquecer – que isto tem seu preço.

De intermináveis horas presos ao trânsito, criando pontes quase intransponíveis para atender a todos os nossos compromissos, antes inadiáveis, passamos a ter nossos atrasos aceitáveis.

Contamos com o bombardeio de chamadas, além de e-mails esperando para serem abertos e "resolvidos" até a última hora de nosso expediente. Caso contrário, entraremos noite a dentro sem "desligar" a máquina. Estas e outras preocupações que envolvem o trabalho, família e nosso íntimo, cada vez mais tendem a encurtar as sagradas horas de sono e descanso.

Somos guiados 24 horas (já se passaram?!) para podermos atender a tantos compromissos. Cobramo-nos eficiência e perfeição a cada minuto. No entanto, jamais paramos para respirar fundo, dar a nós mesmos a devida atenção. Pensando nisto (em nós!), D'us, em Sua imensa sabedoria, providenciou um dia único, perfeito e sagrado para, ao cuidarmos dele, estarmos cuidando de nós mesmos: o dia de Shabat.

Se tentarmos entender o significado do Shabat e cumpri-lo ao menos uma única vez, que diferença isto realmente faria em nossa vida – talvez para sempre – se estivéssemos abertos para deixar penetrar todo seu sentido e grandeza. Em meio ao turbilhão, a brisa sopraria, como se o relógio do tempo parasse para nós para que pudéssemos apreciar tudo o que já foi realizado, como o mundo é perfeito e de que forma foi criado. Dentro deste maremoto que agita nossa vida diariamente é possível atingir uma ilha no tempo. Se tentarmos uma única vez alcançá-la plenamente, não estaremos mais à deriva, ao sabor das ondas que nos levam onde nem ao menos queríamos ir.



Não seremos mais náufragos, mas conquistadores.

Ao cumprir o Shabat, entramos em um pacto com o Criador, por meio de Seu mandamento de "zachor ve’shamor" – "lembra e guarda" o Shabat – para nosso próprio bem.

Em um único dia (temos outros seis para correr…) recuperamos todas as energias, materiais e espirituais. Descobrimos em nossa ilha semanal – sem precisar ir para as Bahamas ou Havaí – uma janela que se abre para um céu azul e uma terra de verde planície, unindo Céus e Terra, o sagrado e o cotidiano, transformando nosso mundo tão pequeno e passageiro num espaço infinito.




Por meio de uma chama que brilha a cada semana estabelecemos uma conexão eterna. 
Iluminamos mais o mundo e nossa vida com o acendimento das velas que dão início ao Shabat.



Fonte:

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

SUCOT




A FESTA DOS TABERNÁCULOS

Sucot, Arthur Szyk
 
E falou o Eterno a Moisés, dizendo: «Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste sétimo mês, será festa das cabanas [Sucot], por sete dias, ao Eterno.»
Lev. 23:33-34

     No calendário judaico a Festa dos Sucot sai um pouco da ordem cronológica, porque vem depois dos Grandes Dias Santos, o Rosh Hashaná e o Yom Kippur. Os Sucot pertencem ao ciclo de Pessach e dos Shavuot, sendo a última das três “Festas de Peregrinação” (Shalosh Regalim). Como as outras duas, ela tem um duplo significado: no antigo calendário campestre de Israel, marcava o fim das colheitas, quando toda a gente ia para os campos e aí vivia em tendas para acabar o trabalho antes das chuvas do Inverno. A Bíblia dá-nos igualmente uma razão histórica que prescrevia a cada indivíduo que vivesse num abrigo temporário especialmente construído para a festa; trata-se de uma forma de recordar a caminhada de quarenta anos no deserto, quando os israelitas se libertaram do cativeiro do Egipto para alcançarem a Terra Prometida.
 

Ecclesiastes, Kohelet, Naomi Geller Lipsky
 
Para tudo existe uma época determinada, e para cada acontecimento há um tempo apropriado sob os céus
Eclesiastes, 3:1
     É costume ler-se o livro de Cohelet (“Eclesiastes”), na sinagoga, no Shabat que ocorre durante os dias intermédios (Chol Haomed) de Sucot, ou em Shemini Atzeret, quando este cai em Shabat.
     Aparentemente, é um livro pessimista, mas na realidade ensina-nos que nos devemos alegrar com o que temos, e não ansiarmos somente por bens materiais.
     Sendo Sucot considerado Zeman Simchateinu, ou seja, “época da nossa alegria”, quando em Israel os celeiros estão a abarrotar com os frutos das colheitas, é um dever lembrar de onde vem a bênção que resultou no sucesso do nosso trabalho. Sem a bondade e a justiça do Eterno, nenhum sucesso pode ser alcançado pelos seres humanos.
 
A Festa da Alegria na Lei na Sinagoga de Livorno, 1850, Solomon Alexander Hart
 
     A Festa dos Sucot termina com um dia de «solene assembleia» que lhe é acrescentado. Na prática atual, marcamos este dia acima de tudo pela Festa da Alegria na Lei (Simchat Torá). Ao longo do ano, no ritual da sinagoga, lêem-se em continuação os cinco livros de Moisés, tal como está prescrito para a lição bíblica semanal. Este ciclo de leituras termina e recomeça com este dia. É assinalado por uma jubilosa procissão com os rolos da Lei, tirados da Arca Sagrada (Aron Codesh) onde habitualmente estão encerrados e pelo convite a cada um, na sinagoga, para pronunciar do púlpito uma bênção relacionada com a passagem do rolo da Torá.
 
Este artigo foi-me oferecido pela minha querida amiga,
Sónia Craveiro
Obrigada Sónia, por mais esta belíssima partilha.
Beijinhos

 

Fontes:

“As Cinco Meguilot”, A Lei de MoisésTorá, editora &livraria Sêfer;
Bíblia Hebraica, Escritos, Eclesiastes, editora &livraria Sêfer;
A Festa dos Tabernáculos (Sucot),“Judaísmo”, Arthur Hertzfeld, Editorial Verbo.




 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Yom Kippur - O Choro em Kol Nidrei




Nossos sábios dizem que por meio da Teshuvá, arrependimento, a pessoa pode alcançar um nível muito mais alto do que alguém que foi sempre íntegro.
 
 
Eles explicam este conceito desse modo: Quando uma corda que conecta dois objetos se rasga, a pessoa faz um nó e os reconecta. Depois de fazer o nó, os dois objetos se tornam então mais integrados do que antes de se partir. Do mesmo modo, quando a pessoa se reconecta por arrependimento, a conexão - como na corda, é muito mais forte!
 
 
Porém, se a pessoa diz: "Me deixe pecar e me arrependerei depois"! Dizem os nossos sábios que Hashem tornará muito difícil o arrependimento dessa pessoa.
 
 
Um grande rabino estava certa vez a caminho da sinagoga para o serviço de Kol Nidrei, na noite de Yom Kipur. Quando passou por uma das casas, ouviu uma pequena criança chorando. O rabino bateu na porta mas não obteve nenhuma resposta. Ele entrou na casa e viu uma pequena criança num berço, chorando. Obviamente, pensou ele, os pais foram para sinagoga para o Kol Nidrei. O rabino pegou no bebé, acalmou-o, e se sentou perto para balançar o berço até o adormecer.
 
 
Enquanto isso, na sinagoga, todos estavam esperando pelo rabino mas tiveram que proceder com o serviço de Kol Nidrei sem ele. As pessoas estavam muito preocupadas. Será que o rabino está doente? Afinal de contas, é a noite de Yom Kipur! Onde ele pode estar? Depois de um tempo, as pessoas foram procurar o seu amado rabino. E eles acharam-no por fim, balançando o berço de um bebê.
 
 
"Nós estávamos todos esperando, preocupados. Por que o rabino não veio ao serviço de Kol Nidrei?" Perguntaram eles.
 
 
"Sh! Sh! Não acordem o pequeno," o rabino advertiu. "Como eu poderia ir para a sinagoga, recitar o serviço com a consciência tranquila, enquanto uma pequena criança judia está chorando desesperada! Não há nada mais importante do que prestar atenção às necessidades de uma criança chorando!
 
 
 
 
  
 
 
Neste Yom Kipur deveríamos tomar a boa decisão de escutar e prestar atenção ao choro espiritual das nossas crianças; e satisfazer o anseio delas por uma educação e valores judaicos; e apoiar instituições que ensinam as nossas crianças a sua herança e a crença no D’us único e verdadeiro!
 
 





Fontes:
 
 
Quadros:
 
 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Shabat Shuvá - O Shabat do retorno


Shabat Shalom!

 
 
O Shabat entre Rosh Hashaná e Yom Kipur é chamado Shabat Shuvá (Retorno), em referência à primeira palavra da Haftará. É também conhecido como Shabat Teshuvá (Arrependimento), por ser um dos Dez Dias de Arrependimento, entre o período de Rosh Hashaná até Yom Kipur.

Não é significativo que Shabat Teshuvá seja depois e não antes de Rosh Hashaná? Dessa maneira, mesmo depois que o homem atinge as elevadas alturas espirituais de Rosh Hashaná, ainda há necessidade de um Shabat Teshuvá. Pois, quanto mais a pessoa se aproxima de D'us, mais percebe suas falhas no serviço de D'us.

Cada passo à frente significa realmente que o último passo está bem atrás, embora estivesse uma vez "à frente". E enquanto o homem se eleva ainda mais alto, de um plano a outro mais elevado, tem razões para arrepender-se de seu estado anterior, quando estava mais distante de D'us do que está agora.
 
A leitura na Torá
 

A leitura na Torá em Shabat Shuvá é na maior parte a porção de Haazinu, a penúltima Porção do último livro da Torá. Às vezes, entretanto, poderia ser a porção Vayelech, aquela que precede Haazinu. Ambas as porções contêm elementos que são bem apropriados à época, como a repreensão de Moshê aos Filhos de Israel em deixá-los, exortando para a obediência a D'us, arrependimento, e assim por diante. A porção Haazinu contém a famosa Canção de Moshê. Seus lindos versos contém o segredo da existência de Israel e o futuro de seu destino.

A Haftará deste Shabat é obviamente apropriada ao caráter do dia. É o Shabat dos Dez Dias de Arrependimento. A Haftará, por isso, começa com um chamado para o Arrependimento: "Retorna, ó Israel, para o Senhor teu D'us." Isso nos diz para não confiar em nenhum outro povo em épocas de sofrimento, mas somente em D'us. Em algumas congregações a Haftará é continuada com a leitura do capítulo dois do livro de Yoêl, começando com "O Toque do shofar em Tsion," que continua no mesmo tom.
 
 
 
Fonte:

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

YOM KIPPUR



O GRANDE PERDÃO
 

     Um dia por ano, o homem esforça-se por servir a D'us, não como homem, mas como se fosse um anjo. Os anjos não comem nem bebem, e a sua única ocupação quotidiana é celebrar a Deus e viver na Sua presença. É assim que no Yom Kippur (o Dia da Expiação), o Judeu não come nem bebe, seja o que for; observa o mais rigoroso jejum e passa todas as horas de vigília em oração. É nesse dia, quando se encerra os Dez Dias de Arrependimento, que é finalmente determinado o julgamento de cada um em vista do novo ano. Nos antigos tribunais de justiça dos Judeus procedia-se legalmente desta forma: o acusado estava sentado no seu banco em atitude de arrependimento. Esta atitude deve ser a de todos os Judeus no decorrer do mais solene dos dias. Mas qualquer que seja esta gravidade, mesmo no Yom Kippur, o Judeu não perde o sentimento de que pertence à família de D'us.
 

Duas pequenas histórias de Yom Kippur
Um dia, o rabino Elimelek de Lisensk enviou os seus discípulos, na madrugada do Dia da Expiação, para observarem o comportamento de um certo alfaiate. «Vós aprendereis dele – disse-lhes – aquilo que um homem deve fazer neste dia santo.» Por uma janela viram o alfaiate tirar de uma prateleira um livro em que tinha escrito todos os pecados que tinha cometido ao longo do ano. De livro na mão, o alfaiate dirigiu-se a D'us: «Hoje, neste dia do perdão para todo o Israel, chegou para nós a hora de Tu, meu D'us, e eu fazermos contas. Eis a lista dos meus pecados; mas há outro livro onde registei todos os pecados que Tu também cometeste: os desgostos, a tristeza e o sofrimento que me causaste, a mim e à minha família. Senhor do Universo, se contarmos exatamente os totais, Tu estás mais devedor para comigo do que eu para Contigo! Mas eis a madrugada do Dia da Expiação, em que cada qual tem o dever de fazer as pazes com o seu vizinho. Também eu Te perdoo os Teus pecados se Tu estás disposto a perdoar os meus.» A seguir, o alfaiate encheu um copo de vinho, pronunciou sobre ele uma bênção e exclamou: «L’Chaim (vida feliz), Senhor do Mundo! Que a paz e a alegria reinem entre nós, porque nós nos perdoámos um ao outro e os nossos pecados, é como se nunca tivessem existido.»
Os discípulos regressaram para junto do rabino Elimelek, contaram-lhe tudo quanto tinham visto e ouvido, e mostraram indignação pela impertinência das palavras do alfaiate para com D'us. O mestre respondeu-lhes que o próprio D'us, com toda a sua corte, ouvira o que o alfaiate dissera, e que essas palavras tinham provocado muita alegria nas esferas celestes.
 
 
 
 

     “D'us é um capítulo muito especial do meu judaísmo. Sei que Ele disse: «Não terás outro D'us a não ser Eu» ou «Não invocarás o nome de D'us em vão». O D'us em que creio descobri-O pela primeira vez quando era menino, numa sinagoga ortodoxa em Jerusalém. É uma história que contei mil vezes porque é fundamental na minha vida.
     Estava acompanhado por um rabino francês amigo do meu pai. Vi logo muitos homens e rapazes que discutiam em hebraico, ou talvez em yiddish, o significado de coisas escritas em livros grandes e poeirentos, apoiados a uma mesa de madeira escura. De repente, no altar que estava no meio da sinagoga, apercebi-me que havia um homem de pequena estatura, de meia-idade, com um chapéu de abas largas debruadas a pele. Vestia um cafetã e, elevando os braços ao céu, saltando, gritava e imprecava em hebraico. Assustado com aquela cena, dirigi-me ao rabino que me acompanhava e perguntei-lhe:
 

- «Mas o que é que está a fazer aquele homem?»
- «Não vês?», respondeu-me o rabino.
- «Sim, salta e grita.», disse eu.
- «Claro, está zangado com D'us.
 

     Fiquei atónito, pensando naquele homem que, diante de todos e na indiferença geral, imprecava por algum agravo sofrido que ele atribuía a D'us, o qual, em vez de o defender, o abandonara ao seu destino miserável. Aquela relação direta com D'us marcou-me para sempre.
Muitos anos depois, perguntei ao rabino Elio Toaff, como seria possível saber, depois do jejum do Kippur, se tínhamos sido perdoados pelos nossos pecados. Toaff respondeu-me: «Sente-se dentro de nós, percebe-se por si mesmo.»
     Nós, judeus, dialogamos com alguém que “não há”, que não dá sinais, que não responde, a quem nos dirigimos com orações que, na maioria dos casos, não percebemos, e todavia somos inabaláveis na nossa fé Nele. Até os judeus ateus falam com D'us e jejuam em Kippur. D'us é D'us e isso não se discute.”
 
Este artigo foi oferecido pela minha amiga:
Sónia Craveiro

 Muito obrigada
Beijinhos
 
Fontes:
 
in JUDAÍSMO, O Grande Perdão – Yom Kippur, Arthur Hertzberg, Editorial Verbo
 
in Mitzvah, Alain Elkann, Cavalo de Ferro, Editores, Lda.
Imagens:
Maurycy Gottlieb, Judeus Rezando na Sinagoga em Yom Kippur, 1878; Hermann Struck, Velho Judeu de Jafa, 1903; Hermann Struck, Retrato de um judeu a ler.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Lashon Hará - Rosh Hashanah





Caros leitores, hoje vou começar este artigo por vos dizer o seguinte: “ Eu não cometi nenhum erro, mas erros foram cometidos contra mim e eu estou magoada, preciso assim desabafar: “Vocês sabem, uma pessoa fez-me um sem fim de coisas e foi injusta, e mais isto e mais aquilo…”
Sinto-me muito melhor agora, já desabafei, obrigada por lerem e nem vou pensar mais no que acabei de escrever porque não só não falei no nome de ninguém, como também não disse nada de mal, certo?



Resposta:
Totalmente Errado!

Um dos temas pelos quais, provavelmente todos nós (ou quase todos), devemos refletir sobre o que fizemos, é precisamente este, o Lashon Hará!!!
A importância da reflexão é tremenda, porque por vezes nós nem temos a consciência das consequencias que um aparentemente, tão simples e pequeno  ato pode ter nas nossas vidas e na vida dos outros e chegamos muitas vezes à arrogância de achar:
Este ano não tenho grandes preocupações!
 

Vamos então ver a explicação do grande sábio e escritor do famoso livro sobre lashon hara, o Chafets Chaim (Rabi Israel Meir Kagan). ZD


Pergunta:


Se não se pode falar lashon hara, maledicência, mas uma pessoa fala mal de você e você guarda rancor, poderá se abrir para alguém e contar o assunto, sabendo que mesmo que você não cite nomes, a pessoa perceberá de quem está se tratando?






O Chafets Chaim, grande sábio e escritor do famoso livro sobre lashon hara, refere-se a um caso como o que você descreveu (Chafets Chaim 3:4).






Resposta:

Se uma pessoa conta uma história sem especificar nomes, porém o ouvinte entenderá sozinho de quem se trata, também esta transgredindo a proibição de lashon hara. Mais do que isto, mesmo que em sua história a pessoa não contou nada negativo por si só, porém sabia que o ouvinte iria enxergar com olhos negativos o que estava contando, também é lashon hara. Este tipo de lashon hara é chamado por nossos Sábios de "lashon hara betsina" - "lashon hara encoberto".





Portanto, vamos lá, todos nós, por este motivo e por tantos outros, aproveitar para fazermos uma lista do que é que achamos que conseguimos deixar de fazer e outra com o que iremos fazer para merecermos mais uma oportunidade de sermos inscritos no livro da vida. ZD


L’Shanah Tovah!


Fonte:


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Laila Tov! - Rosh Hashanah




Esta música foi-me oferecida pela minha amiga
Fernanda de Sá Couto
Todah Rabah J
Beijinhos



Fonte:
http://www.youtube.com/watch?v=FlcxEDy-lr0

O perdão - Rosh Hashana






Um rei foi caçar no bosque. Cavalgando atrás de um cervo, penetrou na floresta, e quando olhou à sua volta, viu-se sozinho. Começou a procurar por uma saída no bosque, uma estrada que o conduziria de volta ao seu palácio.
Em sua busca, encontrou alguns camponeses, mas ninguém o reconheceu. Quando se dirigiu a eles, nem ao menos lhe deram atenção ou se preocuparam com o que estava dizendo.
Vagando pela floresta por um longo tempo, escutou uma bela melodia que alguém tocava numa flauta. Seguindo o som, o rei encontrou um homem que o reconheceu imediatamente, dirigindo-lhe a palavra com humildade e respeito.
O rei viu que ali estava um homem digno, e gostou dele imediatamente.
Quando disse ao homem que esperava encontrar alguém que pudesse tirá-lo do bosque e levá-lo de volta ao palácio e ao seu trono, o homem ficou feliz em fazê-lo, e o rei sentiu-se agradecido a ele. Convidou-o a seu palácio, forneceu-lhe roupas luxuosas e deu-lhe um lugar de honra entre seus conselheiros reais.
O tempo foi passando até que certa vez o amigo desobedeceu ao monarca. Este ficou furioso, e ordenou-lhe que comparecesse à corte real para ser julgado.

Quando chegou o dia do julgamento, o amigo do rei despiu as túnicas, envergando as mesmas roupas simples que usava no primeiro encontro com o rei no bosque. Levou consigo a flauta, e apareceu na corte real de maneira humilde e arrependida. Antes de proceder ao julgamento, o rei perguntou-lhe se queria fazer algum pedido.


"Permita-me, Majestade, tocar uma melodia em minha flauta", solicitou o réu, e seu apelo foi concedido.


Tocou a bela melodia que havia tocado no dia em que encontrara o rei pela primeira vez. O rei lembrava-se bem. Num relance, veio-lhe à mente aquele encontro feliz, quando o estranho havia deixado o rei tão contente, e o levara para fora do bosque, de volta ao palácio. Em seguida, o rei perdoou o amigo e concedeu-lhe novamente sua amizade e uma nova chance.

Da mesma forma, ao se aproximar Rosh Hashaná, quando todos nossos atos serão pesados na balança, podemos nos preocupar sobre qual será o resultado ao sermos julgados por nossas falhas e méritos.

Queremos que D'us seja misericordioso e nos perdoe, não importa qual tenha sido nosso registro no passado. Por isso comparecemos perante Ele da mesma maneira que naquele dia no Sinai, quando a Torá nos foi outorgada e o shofar soou sacudindo nossas almas. Desta forma, D'us se recorda daquele dia e nos concede Seu perdão.





Nosso amor por D'us e Seu amor por nós torna-se mais forte do que nunca. Podemos então ter certeza de que seremos inscritos para um ano bom e doce, com saúde e alegria.




Fonte: