Nossos
sábios dizem que por meio da Teshuvá, arrependimento, a pessoa pode alcançar um
nível muito mais alto do que alguém que foi sempre íntegro.
Eles
explicam este conceito desse modo: Quando uma corda que conecta dois objetos se
rasga, a pessoa faz um nó e os reconecta. Depois de fazer o nó, os dois objetos
se tornam então mais integrados do que antes de se partir. Do mesmo modo,
quando a pessoa se reconecta por arrependimento, a conexão - como na corda, é
muito mais forte!
Porém,
se a pessoa diz: "Me deixe pecar e me arrependerei depois"! Dizem os
nossos sábios que Hashem tornará muito difícil o arrependimento dessa pessoa.
Um
grande rabino estava certa vez a caminho da sinagoga para o serviço de Kol
Nidrei, na noite de Yom Kipur. Quando passou por uma das casas, ouviu uma
pequena criança chorando. O rabino bateu na porta mas não obteve nenhuma
resposta. Ele entrou na casa e viu uma pequena criança num berço, chorando.
Obviamente, pensou ele, os pais foram para sinagoga para o Kol Nidrei. O rabino
pegou no bebé, acalmou-o, e se sentou perto para balançar o berço até o
adormecer.
Enquanto
isso, na sinagoga, todos estavam esperando pelo rabino mas tiveram que proceder
com o serviço de Kol Nidrei sem ele. As pessoas estavam muito preocupadas. Será
que o rabino está doente? Afinal de contas, é a noite de Yom Kipur! Onde ele
pode estar? Depois de um tempo, as pessoas foram procurar o seu amado rabino. E
eles acharam-no por fim, balançando o berço de um bebê.
"Nós
estávamos todos esperando, preocupados. Por que o rabino não veio ao serviço de
Kol Nidrei?" Perguntaram eles.
"Sh!
Sh! Não acordem o pequeno," o rabino advertiu. "Como eu poderia ir
para a sinagoga, recitar o serviço com a consciência tranquila, enquanto uma
pequena criança judia está chorando desesperada! Não há nada mais importante do
que prestar atenção às necessidades de uma criança chorando!
Neste
Yom Kipur deveríamos tomar a boa decisão de escutar e prestar atenção ao choro
espiritual das nossas crianças; e satisfazer o anseio delas por uma educação e
valores judaicos; e apoiar instituições que ensinam as nossas crianças a sua
herança e a crença no D’us único e verdadeiro!
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