Nitzavim
- Vayeilech
No último dia da vida de
Moisés, o Povo Judaico, encontra-se unido, ao mais uma vez aceitar os acordos
estabelecidos com D-us.
Depois de reiterar as promessas
feitas aos nossos antepassados e os perigos da idolatria Moisés continua
avisando todos e cada um sobre os perigos de pensamentos dúbios e de desafiar o
espírito destes acordos.
O verso descreve os pensamentos
de uma pessoa que quebra estes acordos mas ao mesmo tempo se convence que tudo
continuará bem do seguinte modo.
"Ele abençoar-se-a no seu
íntimo dizendo ‘A paz estará comigo ainda que eu caminhe no trilho que o meu
coração deseja.” Como resultado o verso seguinte acrescenta: “D-us não estará
disposto a perdoar-lhe” (Devarim 29:18,19)
O Rabi Isaque Aboab, no seu
comentário sobre Nachmanides, deixa-nos uma questão verdadeiramente elementar. O
verso parece descrever os pensamentos privados de um individuo singular.
Se assim é, porque é que a
punição afecta a todos? E mais ainda com tal severidade?
O Rabi Aboab explica que
existem em paralelo duas situações que são aqui descritas e que a reacção
Divina cobre ambas.
A primeira é a de um individuo
que na sua privacidade não está interessado em cumprir com estes acordos e acha
que tudo continuará sem problemas. Tal pessoa, diz o Rabi Aboab, não será
punido até literalmente violar os acordos estabelecidos.
Existe, contudo, uma segunda
possibilidade a que o verso se refere. É o caso de alguém que deliberadamente
se separa de todos e que não se considera parte integrante da comunidade no sue
todo. Isso em si mesmo, mesmo esses pensamentos, são algo que D-us não estaria
disposto a perdoar.
Unidade e responsabilidade
colectiva têm um lugar fulcral na nossa vivência judaica. À medida que nos
aproximamos do Rosh Hashana, o Ano Novo Judaico, usemos a oportunidade para
reafirmar os nossos esforços no sentido de estender a mão aos que nos rodeiam
ao mesmo tempo que rezamos por um doce ano novo, juntos em união.
Enviado
por:
Rabino
Eli Rosenfeld
Chabad Portugal
Shabat Shalom, Shana Tova!
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