Embora alguns acreditem que os hebreus tenham assimilado a prática da circuncisão dos egípcios, não há sinais consistentes que apoiem essa teoria. O mais provável é que os próprios hebreus tenham, em suas raízes mais remotas da época patriarcal, inserido tal prática em seus costumes de maneira independente a quaisquer outros povos, mantendo a tradição em suas práticas religiosas até à presente época.
No Antigo Israel, a circuncisão tinha de ser realizada no 8.º dia do nascimento. Tem o sentido de um sinal da aliança entre D´'us e Abraão e seus descendentes e de um rito de inserção no povo eleito. Deus terá tornado obrigatória a prática da circuncisão masculina para Abraão, um ano antes de nascer Isaque. Todos os homens da casa de Abraão, tanto seus descendentes como dependentes, estavam incluídos, e todos os escravos receberam em si este «sinal do pacto», com o qual entregavam a Deus a sua aliança de carne (anel prepucial), mostrando a reciprocidade deste ato de fé no corpo (Levítico).
A desconsideração deste requisito era punível com a morte. A circuncisão torna-se um requisito obrigatório na Lei dada a Moisés (Levítico 12:2,3). Isto era tão importante que, mesmo que o 8.º dia calhasse no Sábado, a circuncisão teria de se realizar. No primeiro século da Era Cristã, era costume social entre os judeus dar nome ao recém-nascido do sexo masculino no momento da circuncisão.
Mas os profetas do Antigo Testamento mostravam que mais importante do que a circuncisão literal é a circuncisão figurativa ou «circuncisão do coração» (porém, uma não existe sem a outra) (Deuteronômio 10:16; 30:6; Jeremias 4:4; 9:25). Aos judeus insensíveis às palavras dos profetas chama-se figurativamente «incircuncisos» (Jeremias 6:10; Atos 7:10).
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