Vayeira
A
história de Sodoma, a malvada metrópole que acabou por ser destruída, é contada
na Parsha desta semana.
Antes de D-us destruir
Sodoma, os planos iminentes para a sua destruição são confidenciados a Abraão. O que se segue é um diálogo fascinante, a
par e passo de uma negociação, na qual Abraão implora a D-us que volte com a
sua palavra atrás.
Na Parsha da semana passada, há uma
outra conversa em que D-us prediz a Abraão os seus planos futuros, o exílio e o
caminho futuro do povo judeu, descendente de Abraão.
No
entanto, ao contrário da nossa Parsha, nesse caso há apenas o silêncio.
Dom Abarbanel, bem como outros
comentaristas, levantam uma questão gritante:
- Por que é que Abraão só rogou a D-us
pelo bem-estar da população de Sodoma?
Por que não pedir a D-us que
reconsiderasse no caso das dificuldades que a sua própria família teria de
enfrentar?
Explica Dom Abravanel, que a família de
Abraão era uma família com uma missão. Uma tarefa e um objectivo englobando
elementos espirituais e físicos.
Para que os seus filhos se tornassem no
povo judeu, o foco teria de ser não só em questões de ideias físicas e
materiais, mas muito mais ainda, em assuntos do foro espiritual.
Com isso em mente, as ações de Abraão
são mais fáceis de compreender. Quando falou sobre Sodoma, e o castigo que
receberiam, Abraão imediatamente fala abertamente.
Ao ouvir sobre o exílio e tribulações
dos seus filhos no entanto, Abraão entende que esse não é mais que o plano de
D-us. Para uma nação voltada para o corpo e o espírito como uma unidade, os
desafios temporários (físicos), não o iriam levar ao desânimo.
Shabat
Shalom!
Cortesia
do Rabbi
Eli
Rosenfeld
chabadportugal.com
Imagens:
Bartolomé
Esteban Murillo
O
Sacrificio de Isaac - Rembrandt
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