domingo, 30 de junho de 2013

O Pintor Gustav Bauernfeind



Foi um pintor, ilustrador, arquitecto e  foi considerado um dos pintores orientalistas mais notáveis ​​da Alemanha.

Gustav Bauernfeind Portrait






Gustav Bauernfeind de origem judaica, nasceu em 1848, em Sulz am Neckar, Alemanha e faleceu em Jerusalém no ano de 1904. 




Seu pai era um judeu austríaco e farmacêutico, mas após instalar-se em Baden-Württemberg, converteu-se ao catolicismo, sendo portanto o pintor educado nesta religião. 



David Street em Jerusalém


Após completar seus estudos de arquitetura no Instituto Politécnico de Stuttgart, ele trabalhou no escritório de arquitetura do Professor Wilhelm Bäumer e, posteriormente, no de Adolph Gnauth, onde também aprendeu pintura. Nas suas primeiras pinturas, Bauernfeind focava paisagens locais da Alemanha, bem como os motivos da Itália. 


Alemanha


Veneza


Durante os dois anos do Levante, 1880-1882 ele viajou para o Oriente e interessou-se de tal ordem que as suas viagens foram repetidas. Em 1896 mudou-se com sua esposa e filho para a Palestina e, posteriormente, em 1898, estabeleceu-se em Jerusalém. O artista também viveu e trabalhou no Líbano e na Síria.


Mercado de Jaffa


O seu trabalho é caracterizado principalmente pelo ponto de vista de arquitectura de Jerusalém e da Terra Santa. As pinturas de Bauernfeind são meticulosamente trabalhadas, primorosamente compostas e as paisagens urbanas e imagens de santuários conhecidos em óleo quase fotográficamente precisos.


Oriental Street


Durante a sua vida ele foi o pintor orientalista mais popular da Alemanha, mas…caiu no esquecimento após sua morte. Porém, desde o início de 1980, Bauernfeind foi gradualmente redescoberto, com suas pinturas a apareceram em leilões com preços elevados. 


Judeus em oração no muro


Assim, a sua pintura a óleo “O Muro das Lamentações”, foi vendido em 1992 na Christie em Londres, pelo montante equivalente a 326.000€. A mesma pintura apareceu de novo num leilão no final de 2007 e desta vez na Sotheby em Londres, pelo valor equivalente a 4,5 milhões €. 


Muro das Lamentações


Mas em 1997, já uma outra pintura a óleo de Bauernfeind, o “Porto de Jaffa”, foi vendida no Van Ham Kunstauktionen em Colónia por 1.510 0,000 DM, tornando-se a pintura do século XIX mais cara vendida na Alemanha. 


 O Porto de Jaffa


Na sua terra natal, em Sulz am Neckar, a vida e a obra do pintor é comemorada pelo Museu Bauernfeind Gustav com uma grande exposição permanente.




sábado, 29 de junho de 2013

Poesia Sefardita

Shavua tov!

Pintura de Shoshannah Brombacher

Mestre do Bom Nome


Rabi Yisrael Báal Shem Tov
Pintura de Shoshannah Brombacher


O fundador do Chassidismo, que tem dois séculos e meio de idade, Rabi Yisrael Báal Shem Tov ("Mestre do Bom Nome"), nasceu na pequena cidade de Acop, nos Montes Cárpatos da Polônia, em 18 de Elul de 5458 (1698). Seu nascimento ocorreu exatamente cinquenta anos após os pogrons que dizimaram as comunidades judaicas na Ucrânia, Podólia, Volhínia e Polônia.




Grupos inteiros foram arrasados e os judeus remanescentes mergulharam no desespero. Os efeitos dessa terrível catástrofe eram ainda visiveis quando o Báal Shem Tov nasceu, e a maior parte de sua vida foi dedicada a aliviar esta sensação de desespero.

Pintura de Marianne von Werefkin




Com cinco anos, o Báal Shem Tov ficou órfão e seu pai deixou-lhe este legado:

 "Meu filho, não temas ninguém além de D'us. Ama a todos os judeus com todo o teu coração e a tua alma."


O jovem órfão tornou-se o protegido da comunidade e recebeu a mesma educação de todos os meninos judeus daquela época. Gostava de passar seu tempo livre apreciando a natureza onde sua alma sensível podia refletir sobre a grandeza do Criador.


Aos catorze anos, o Báal Shem Tov filiou-se a um grupo de Tsadikim Nistarim (justos ocultos), seguidores de Rabi Adam Báal Shem de Ropshits, e que eram eruditos do Talmud e da Cabalá, e viajaram incógnitos num esforço de ressuscitar a vida judaica da Europa Ocidental que ainda curava suas feridas após os trágicos pogrons. Sua missão era perambular de cidade em cidade, dialogando com rabinos, eruditos, trabalhadores pobres e ricos comerciantes, encorajando e dando esperanças onde antes havia apenas pessimismo.


Quatro anos mais tarde, por sugestão do Báal Shem Tov, os Nistarim assumiram a responsabilidade pela educação religiosa dessas comunidades. Organizaram escolas adequadas e providenciaram mestres devotos e qualificados, os quais davam atenção especial às necessidades dos pobres.


Pintura de Shoshannah Brombacher


Após o falecimento do Rabi Adam, o Báal Shem Tov foi eleito líder dos Nistarim. Dirigiu o estabelecimento de Chadarim (escolas primárias de Torá) para jovens e Yeshivot para rapazes mais velhos em centenas de comunidades judaicas.


Pintura de Shoshannah Brombacher


Com o aparato religioso-educacional firmemente estabelecido, o caminho estava livre para servir a D'us e cumprir o mandamento de Ahavat Israel, amor ao próximo. Como segundo objetivo, os Nistarim concentraram sua atenção em elevar as massas da confusão da ignorância às alturas da Torá.

Neste período de sua vida, Báal Shem Tov obteve a posse de diversos manuscritos que pertenceram ao Rabi Adam Báal Shem, os quais revelaram muitos segredos e davam instruções cabalísticas que ele estudava avidamente.

Durante dez anos, a partir de 5484 (1724), Báal Shem Tov viveu de maneira reclusa, dedicando-se ao estudo intensivo da Torá. Está registrado que durante aquela época ele recebia instruções de Achiyá de Shilo, o antigo profeta dos tempos do Rei David, que lhe aparecia regularmente e lhe ensinava os segredos da Torá.


Pintura de Shoshannah Brombacher


Aos trinta e seis anos mudou-se para a cidade de Mezibush onde começou a ensinar publicamente as doutrinas da Chassidut. Devemos lembrar que, naquele tempo, apenas a erudição da Torá era o caminho do judaísmo, os analfabetos e ignorantes eram vistos como judeus de "segunda categoria".

O Báal Shem Tov ensinou que o judaísmo e a Torá são propriedades de todos os judeus; que cada judeu, não importa qual sua posição, antecedentes ou dons naturais, é perfeitamente capaz de servir a D'us, e que Ahavat Israel deve englobar a disposição de sacrificar-se pelo bem de outro judeu. "A devoção," enfatizava ele, "é vital para uma vida plena e seu potencial é incalculável."

Rezar não deveria ser um ato somente de implorar a D'us para que conceda um pedido, embora este também seja um dos objetivos da oração, mas aderir principalmente ao sentimento de união e unicidade com D'us. Entusiasmo e alegria no atendimento aos desejos de D'us, calor e afeto no relacionamento com os outros, essas se tornaram as marcas de identificação do Hassidismo.


Carece do nome do pintor(a)


O Báal Shem Tov foi um estudante de Cabalá de Rabi Yitschac Luria, o Arizal. Muito daquilo que foi ensinado pelo Báal Shem Tov pode ser rastreado até as idéias do Arizal, especialmente como apresentadas no clássico Shnê Luchot Habrit.

Os líderes do hassidismo não se preocupavam apenas com o nível espiritual de seu povo. Juntamente com sua grande influência no campo espiritual, dedicavam sua atenção para as condições gerais da comunidade judaica, sendo motivados pelo seu ilimitado amor ao próximo que é uma das molas mestras do sistema. Assim, o trabalho do Báal Shem Tov tinha um propósito duplo: melhorar as condições materiais do povo assim como seu padrão espiritual.


Sidur do Baal Shem Tov


Muitas pessoas afluíram a Mezibush e tornaram-se ardentes seguidores de Báal Shem Tov; milhares de discípulos entre eruditos rabinos e doutores talmúdicos. Um dos maiores, Rabi Dov Ber de Mezritsh, tornou-se o seu sucessor e foi mestre do célebre Rabi Shneor Zalman de Liadi, primeiro Rebe de Chabad. Estes eminentes eruditos e rabinos ajudaram a disseminar os ensinamentos do Báal Shem Tov em suas comunidades, e em pouco tempo o novo movimento chassídico espalhou-se pela Polônia e províncias vizinhas.

A primeira oposição aberta ao Báal Shem Tov e à Chassidut surgiu em 5515 (1755), cerca de vinte anos depois que ele começara seu trabalho público. Mas essa objeção não conseguiu impedir o ímpeto do movimento chassídico, que adquiria cada vez mais adeptos, tanto em meio às massas, como entre os estudiosos.


Desenho de Hyman Bloom


Nos anos finais de sua vida, Báal Shem Tov testemunhou a luta que depois, por algum tempo, dividiu o povo judeu em duas áreas, os Chassidim e os Mitnagdim. Mas ele podia também visualizar a eventual vitória de seus ensinamentos e a sua aceitação final por todo o povo judeu, em qualquer lugar. Quando isto vier a acontecer, ensinou o Báal Shem Tov, o terreno estará totalmente preparado para a vinda de Mashiach.


Rabi Yisrael Báal Shem Tov faleceu no primeiro dia de Shavuot (6 de Sivan) de 5520 (1760) aos sessenta e dois anos. Não legou trabalhos escritos, mas seus ensinamentos e doutrinas foram registrados por seus discípulos e publicados em trabalhos e coletâneas especiais, contidos na extensa literatura Chabad, em particular nos escritos de Rabi Shneor Zalman, fundador do movimento Chabad-Lubavitch.


Eis aqui uma história que passou de tsadic (justo) para tsadic até nos ser contada por Rabi Yossef Yitschac de Lubavitch, o Sexto Rebe. Ele a contou nas palavras do Báal Shem Tov:

"Em meu décimo-sexto aniversário, 18 de Elul de 5474, estava numa pequena aldeia. O estalajadeiro era um judeu de total simplicidade. Ele conhecia as preces com dificuldade, e não sabia o significado das palavras. Porém sentia grande reverência pelo Divino e para tudo que lhe acontecesse, tendo o costume de dizer: 'Bendito seja Ele, e que Ele seja louvado para todo o sempre.' A esposa e sócia do estalajadeiro usava uma frase diferente: 'Bendito seja Seu Santo Nome.'

"Naquele dia, saí para meditar no isolamento dos campos, como me havia sido ensinado pelos sábios antes de nós, que no seu dia de aniversário deve-se meditar sozinho por um certo tempo. Em minhas meditações, recitei os Salmos e concentrei-me no yichudim dos nomes Divinos (Yichudim são uma forma de meditação cabalística baseados em permutas e combinações dos nomes Divinos e atributos de D'us).


"Concentrado nisso, perdi a consciência do que me rodeava. Subitamente, contemplei o Profeta Eliyáhu - e um sorriso pairava em seus lábios. Fiquei muito surpreso por merecer uma revelação do Profeta Eliyáhu enquanto estava sozinho. Quando estive com o tsadic Rabi Meir, e também com outros tsadikim ocultos, tive a felicidade de ver o Profeta Eliyáhu. Mas merecer este privilégio enquanto sozinho - esta era a primeira vez e fiquei muito impressionado.

"Compreensivelmente, fui incapaz de interpretar o sorriso na face de Eliyáhu.

"Eis o que ele me disse: 

"Veja, você está fazendo um grande esforço para concentrar sua mente nos nomes Divinos, que vão desde os versículos dos Salmos que David, Rei de Israel, compôs. Mas Aaron Shlomo, o estalajadeiro, e Zlota, a esposa, são ignorantes dos yichudim dos nomes Divinos desde 'Bendito seja Ele, e Bendito seja Ele para todo o sempre' que o estalajadeiro recita, e 'Bendito seja Seu Santo Nome' que ela recita - mesmo assim esses yichudim provocam mais tempestade em todos estes mundos do que os yichudim dos Nomes Divinos que os grandes tsadikim possam criar."

"Então, o Profeta Eliyáhu contou-me sobre o prazer que D'us sente, por assim dizer, com o louvor e o agradecimento dos homens, mulheres e crianças que O louvam - principalmente quando a prece e o agradecimento vêm de pessoas simples, e ainda mais quando são contínuos - pois então eles ficam perpetuamente ligados a D'us com fé pura e sinceridade.


Pintura de Shoshannah Brombacher 
The prophet


"Desde aquele tempo tomei um caminho no serviço de D'us a fim de trazer homens, mulheres e crianças para que dissessem palavras de louvor ao Criador. Eu costumava perguntar-lhes pela sua saúde, pela dos filhos, pelo seu bem-estar material - e eles me respondiam com palavras diferentes de louvor pelo Altíssimo, cada um à sua própria maneira.

"Por muitos anos fiz isso por mim mesmo, e em uma das reuniões dos tsadikim ocultos todos eles aceitaram este caminho..."

Aquilo que Einstein foi para a Física e Beethoven para a música, muito mais foi o Báal Shem Tov para a alma humana.

Após achar o caminho místico nas mais simples das pessoas, o Báal Shem Tov prosseguiu para encontrar as mais divinas centelhas no mundo, a essência do D'us Único em todo o lugar e em cada acontecimento.


Exterior da sinagoga do Baal Shem Tov em Medzhybizh, por volta de 1915. 

Esta sinagoga já não existe. No entanto, uma similar foi recentemente reconstruída no seu local original como um museu.


Ohel Baal Shem Tov 


“Que possamos merecer o tempo quando a verdade de seus mananciais brotar, sem distorções.”


Assinatura do Báal Shem Tov



Fonte:

terça-feira, 25 de junho de 2013

A Comunidade Judaica de Guatemala II



Selo emitido pela Republica de Guatemala em 1936 


A partir de 1920 começam a chegar à Guatemala judeus Ashkenazi da Polônia, a Rússia e os países bálticos. Essas pessoas juntaram-se às instituições judaicas já estabelecidas, principalmente à Sociedade Israelita Magen David.

Em 1941, os judeus Ashkenazi de leste foram separados da Magen David e fundaram a Associação Centro hebraico. A razão para esta separação reside no desejo de ter um lugar onde pudessem expressar religiosa e culturalmente de acordo com seus costumes.

No final da década dos anos quarenta e início dos anos cinquenta torna-se mais percetível a presença de origem judaica sefardita, sendo capaz de assegurar que esta fonte eram os novos imigrantes que entraram Guatemala.


Em 1952, fundaram o comitê "Jewish Community Center" e, por deliberação de sua assembleia geral, tornou-se responsável pelo desenvolvimento das atividades sociais da comunidade.



Destaco ainda a alegria com que foi recebida a notícia do voto favorável da Organização das Nações Unidas para o estabelecimento do National Jewish Home em Guatemala.

Desde 1941, quando a Associação foi fundada, construíram um templo, uma escola e um centro comunitário. Nesta propriedade, o trabalho começou a construir o que seria a segunda sinagoga que subiria na Guatemala, em 1959.

Em 1969, criaram uma nova instituição, a Congregação Beth El, que agora tinha os judeus de origem alemã e atraiu todos aqueles com tendências liberais.

Esta organização funcionou até 1987, quando, por iniciativa do Centro de hebraico, a fusão resultou na instituição Beth El, começando  esta união com de mais de dois terços da comunidade numa única congregação.


Existem atualmente na Guatemala pequenas comunidades de judeus (aproximadamente 1.200 praticantes) e suas sinagogas, quanto a mim, deixo-vos com imagens de uma delas:  

Sinagoga Shaarie Binyamin J








Fontes:





A Comunidade Judaica de Guatemala I




Os governos liberais favoreceram claramente os indivíduos estrangeiros que queriam estabelecer-se no país e permitiram que alguns judeus Ashkenazi  se mudassem para Guatemala e se realizassem económica, social e culturalmente.



Sem excluir muitas outras regiões, a maioria dos judeus alemães chegaram pela primeira vez a Guatemala no final do século XVIII. Uma vez estabelecidas, estas famílias ajudaram outros amigos ou familiares a fazerem o mesmo. 







Os judeus recém-chegados estabeleceram-se em Quetzaltenango, centro sudoeste, cuja atividade económica era forte devido à alta demanda internacional de café. 





Foram dedicados ao comércio de tecidos entre outros, em Quetzaltenango, mas também em Zacapa, San Marcos, Livingston e Sonsonate (este último em El Salvador). De lá, foram para as fazendas de café para venderem os seus produtos cujos proprietários eram, em muitos casos, alemães.


Diferentes eventos causaram a transferência definitiva dos judeus para a Cidade da Guatemala. Em 1913, nesta cidade, organizaram e fundaram a Sociedade Israelita da Guatemala, que tinha inicialmente 51 membros.

Os principais objetivos desta sociedade eram, de acordo com os seus estatutos, promover a moral e o intelecto beneficiando os judeus que viviam na Guatemala. Além disso, prestar ajuda aos necessitados, trabalhando com os judeus que estavam em trânsito, dar emprego a quem precisasse, cuidar dos doentes, e aquisição de terrenos para um cemitério para poderem fazer um enterro de acordo com as leis rituais judaicas. Além de funcionar como uma entidade religiosa, a sociedade israelita da Guatemala era uma estrutura que fornecia apoio tanto aos já estabelecidos como aos judeus que chegavam para se estabelecerem no país.

Sem excluir a presença de judeus sefarditas na Guatemala no final do século passado, é durante a primeira e segunda década do século XX, devido à situação sócio-económica precária do Império Turco, que os judeus sefarditas começaram a emigrar para as Américas. É a partir deste ponto que se pode falar da existência de uma congregação judaica sefardita em Guatemala.

Os principais objetivos da Sociedade Israelita Magen David eram: passar a ser uma organização sócio-cultural para a congregação sefardita, e de acordo com os seus estatutos, a construção de uma sinagoga e a contratação de um rabino.


A partir do ano 1930, A Sociedade israelita Magen David começou a construir a sua primeira sinagoga em Guatemala, com a cooperação económica dos seus membros e das contribuições individuais dos membros das outras sociedades judaicas.

Finalmente a sinagoga Magen David foi inaugurada a 11 de Agosto de 1938, e criaram neste mesmo ano, a comissão de senhoras do Sião com o objetivo de organizar eventos culturais e de caridade.



Interior da sinagoga Magen David de Guatemala




















Em 1942 formaram o primeiro movimento juvenil judaico no país, o Maccabi. Esta sociedade era a representante da Comunidade Judaica de Guatemala para outras organizações judaicas internacionais.



Fontes: