terça-feira, 25 de junho de 2013

A Comunidade Judaica de Guatemala I




Os governos liberais favoreceram claramente os indivíduos estrangeiros que queriam estabelecer-se no país e permitiram que alguns judeus Ashkenazi  se mudassem para Guatemala e se realizassem económica, social e culturalmente.



Sem excluir muitas outras regiões, a maioria dos judeus alemães chegaram pela primeira vez a Guatemala no final do século XVIII. Uma vez estabelecidas, estas famílias ajudaram outros amigos ou familiares a fazerem o mesmo. 







Os judeus recém-chegados estabeleceram-se em Quetzaltenango, centro sudoeste, cuja atividade económica era forte devido à alta demanda internacional de café. 





Foram dedicados ao comércio de tecidos entre outros, em Quetzaltenango, mas também em Zacapa, San Marcos, Livingston e Sonsonate (este último em El Salvador). De lá, foram para as fazendas de café para venderem os seus produtos cujos proprietários eram, em muitos casos, alemães.


Diferentes eventos causaram a transferência definitiva dos judeus para a Cidade da Guatemala. Em 1913, nesta cidade, organizaram e fundaram a Sociedade Israelita da Guatemala, que tinha inicialmente 51 membros.

Os principais objetivos desta sociedade eram, de acordo com os seus estatutos, promover a moral e o intelecto beneficiando os judeus que viviam na Guatemala. Além disso, prestar ajuda aos necessitados, trabalhando com os judeus que estavam em trânsito, dar emprego a quem precisasse, cuidar dos doentes, e aquisição de terrenos para um cemitério para poderem fazer um enterro de acordo com as leis rituais judaicas. Além de funcionar como uma entidade religiosa, a sociedade israelita da Guatemala era uma estrutura que fornecia apoio tanto aos já estabelecidos como aos judeus que chegavam para se estabelecerem no país.

Sem excluir a presença de judeus sefarditas na Guatemala no final do século passado, é durante a primeira e segunda década do século XX, devido à situação sócio-económica precária do Império Turco, que os judeus sefarditas começaram a emigrar para as Américas. É a partir deste ponto que se pode falar da existência de uma congregação judaica sefardita em Guatemala.

Os principais objetivos da Sociedade Israelita Magen David eram: passar a ser uma organização sócio-cultural para a congregação sefardita, e de acordo com os seus estatutos, a construção de uma sinagoga e a contratação de um rabino.


A partir do ano 1930, A Sociedade israelita Magen David começou a construir a sua primeira sinagoga em Guatemala, com a cooperação económica dos seus membros e das contribuições individuais dos membros das outras sociedades judaicas.

Finalmente a sinagoga Magen David foi inaugurada a 11 de Agosto de 1938, e criaram neste mesmo ano, a comissão de senhoras do Sião com o objetivo de organizar eventos culturais e de caridade.



Interior da sinagoga Magen David de Guatemala




















Em 1942 formaram o primeiro movimento juvenil judaico no país, o Maccabi. Esta sociedade era a representante da Comunidade Judaica de Guatemala para outras organizações judaicas internacionais.



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