segunda-feira, 23 de abril de 2012

Massada







Às margens do Deserto da Judeia, num platô com vista para o Mar Morto, encontra-se a ruína escavada de uma cidadela real. Esta foi a última fortaleza defendida pelos judeus zelotes que se recusaram a submeter-se à ocupação romana. Quando eles não puderam mais se defender, Massada tornou-se o pano de fundo para um dos episódios mais dramáticos da História Judaica.




História Básica

Erguendo-se cerca de 400 metros acima do deserto ao redor e cercada por profundos desfiladeiros, o platô de Massada era naturalmente fortificado. A leste, a terra apresenta um forte declive até o Mar Morto. O caminho daquele lado era (e ainda é) chamado de “A Cobra”, por suas curvas estreitas e sinuosas. O único acesso, no lado oeste, é apenas um pouco mais transitável.


No primeiro século AEC, o Rei Herodes – governador de Israel que se curvava aos romanos – construiu uma elaborada fortaleza sobre o topo desta montanha, incluindo espaçosos palácios, luxuosas casas de banho, depósitos bem estocados e doze enormes cisternas. Embora ele tenha construído a fortaleza por medo (ou paranoia) do Egipto, ela lhe servia também como local de descanso.




Anos depois, em 66 EC, Massada tornou-se um refúgio para os judeus zelotes que resistiam ao domínio romano. Eram liderados por Elazar ben Ya’ir. Após a conquista de Jerusalém e a destruição do Segundo Templo em 69 EC, mais judeus juntaram-se ao grupo. Eles resistiram aos esforços romanos para desalojá-los e usaram Massada como sua base para ataques (contra os romanos e contra facções judaicas inimigas). Com os alimentos perfeitamente preservados que Herodes tinha em estoque, bem como a água das cirsternas, eles puderam resistir indefinidamente.


Em 72 EC o governador romano Flavius decidiu eliminar de uma vez este posto de resistência. As 15.000 pessoas do acampamento romano, que incluíam a Décima Legião Romana e os prisioneiros de guerra judeus, se prepararam para um longo cerco contra os 1.000 homens, mulheres e crianças na montanha.





Após falhar em romper a muralha pelo lado leste, eles construíram uma longa e ampla rampa de ataque contra o lado oeste, usando milhares de toneladas de pedras e terra. Então, usando um aríete de ataque, quebraram a parede de pedra da fortaleza. Os defensores tinham construído outra parede que os romanos não conseguiram romper com o aríete porque era mole e recuava com os golpes. Os romanos destruíram esta parede com fogo, e planearam entrar no dia seguinte.


Naquela noite, Elazar reuniu todos e falou com eles. Decidiram morrer para não cair nas mãos dos romanos. Cada homem matou a própria esposa e filhos, então fizeram sorteios e se mataram entre si até que o último homem ateou fogo ao próprio corpo e morreu.



Pela manhã, os romanos entraram na fortaleza e encontraram apenas cadáveres.



Duas mulheres e cinco crianças tinham sobrevivido ao suicídio em massa escondendo-se numa cisterna, e foi assim que a história se tornou conhecida ao historiador Josephus, que a registou. Josephus é a única fonte importante de informação sobre Massada. Desde que o cerco a Massada foi identificado em 1838, descobertas e escavações têm ocorrido regularmente. O Parque Nacional de Massada foi aberto em 1966, e a Autoridade de Parques e Natureza de Israel mantém actividades de conservação e restauração. As escavações ainda estão sendo feitas.



Significado Espiritual


As autoridades judaicas diferem sobre a questão do suicídio como o exemplificado por Massada. Alguns o consideram um martírio heroico, mas outros afirmam que embora os judeus devam sempre estar dispostos a aceitar o martírio, se necessário, é errado tirar a própria vida em antecipação de prováveis sofrimentos.

Apesar da celeuma quanto à moralidade da sua decisão, Massada relata uma história de heroísmo em seus momentos mais sombrios. Massada tornou-se então uma atração instantânea quando foi escavada e aberta ao público. Logo tornou-se um símbolo de coragem para um povo determinado a ser livre em seu próprio país. Na verdade, Massada foi palco de uma resistência heroica de proporções míticas.


Outra maneira de se olhar para isso é que em massada, os judeus cometeram suicídio em desespero, acreditando que toda a esperança estava perdida, toda a fé se fora, que a estrela judaica tinha sido totalmente eclipsada. Parecia que o povo judeu ia desaparecer da história. Porém isso jamais aconteceu. De fato, a população de judeus começou a crescer novamente. Massada é importante porque conta ao mundo que o legado judaico não pode ser apagado, que a sorte judaica, mesmo quando está em seu ponto mais baixo, está destinada a reviver e ressurgir. Que os judeus são o povo da eternidade.




Fonte:

http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1054262/jewish/Massada.htm
http://www.youtube.com/watch?v=YKe3pXCjCy0

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