quinta-feira, 29 de março de 2012

Notas sobre o consumismo...




 É um grande equívoco a felicidade ser associada ao grau de consumo dos indivíduos! Tal atitude, além de provocar graves distúrbios sociais é responsável pelo aumento da degradação ambiental. Muitos gastam seu orçamento em produtos supérfluos movidos por curiosidade, modismo e propaganda. Outros cometem crimes pela simples vontade de possuir determinado bem. Em todos os casos, trata-se de uma doença lastreada na inveja, cobiça e vaidade.
 
Para Irving Bunim (Ética do Sinai, p. 203) "aqueles que vivem somente para satisfazer seus próprios desejos pertencem ao grupo dos perversos. Para estas pessoas, cada dia que passa é um dia morto, não deixou nada de valor duradouro. Cada desejo satisfeito indica uma agitação emocional medíocre que pereceu. Não há acúmulo de nada significativo, só uma contagem regressiva das muitas paixões e caprichos que se transformam em nada assim que são satisfeitos".
 
Sabemos que o ser humano é capaz de desejos insaciáveis. Mal se satisfaz um deles, outros dois novos tomam o seu lugar. A inveja cega; A cobiça é a motivação do criminoso! Nossos Sábios, há milhares de anos já nos advertiam (Pirkê Avot 6:5): Não inveje a mesa dos reis, pois a tua mesa é maior que a deles. Willian Shakespeare também escreveu a respeito: Eu creio que o rei é apenas um homem como eu: as violetas têm para ele o mesmo odor que para mim. Suas cerimônias são descartadas, em sua nudez parece somente um homem.
 
Portanto, quando vê algum motivo para temor, seu medo, sem dúvida tem o mesmo sabor que o nosso. E o que os reis tem que os súditos não tenham, salvado a cerimônia? Neste império do consumismo surge a pergunta:
 
 
Quem devemos considerar rico?
 
O Sábio Ben Zomá, já nos respondeu:
 
Aquele que se alegra com o que possui!
 
 
 
 
Fonte:
 

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