A cidade azul
Chefchaouen
Vamos conhecer a bela cidade de Chefchaouen. Fica em Marrocos, e é um dos destinos turísticos mais populares do país. Esta cidade tem uma história incrível.
Chefchaouen é famosa pelos seus edifícios e ruas azuis, relíquias de uma velha tradição da população judaica da cidade.

A cidade foi fundada pelos mouros exilados da Espanha, em 1471, como uma pequena fortaleza para repelir os ataques dos invasores portugueses no norte do Marrocos. Após a reconquista espanhola, a pequena vila tornou-se um dos maiores locais de refúgio para mouros e judeus e, durante sua estada, eles conseguiram deixar sua marca na cidade, o que a tornou muito especial hoje em dia.

O nome Chefchaouen vem de “chauen”, que significa chifres em espanhol. Isso se refere ao formato das duas montanhas com vista para a cidade. Mas o seu nome não é estranho, nem o artesanato original dos artistas locais, ou o queijo de cabra delicioso do lugar que atrai a maioria dos turistas para Chefchaouen. São as casas e edifícios pintados de azul, uma tradição herdada dos antigos moradores judeus.

Mas, em homenagem ao mandamento sagrado, a cor azul ainda estava entrelaçada ao tecido de seus talits. Quando eles olham para a esta coloração, pensam no céu azul, e no D'us que fica acima de tudo e de todos.
Hoje, a população judaica de Chefchoauen não é tão numerosa como foi naquela época. Ainda assim, a cidade moderna preserva os atributos da antiga: praticamente todos na cidade ainda seguem essa tradição e, frequentemente, renovam a pintura azul de suas casas.
Judeus Marroquinos
Marrocos é o único país árabe a preservar uma comunidade judaica. Os primeiros judeus vieram a Marrocos há mais de dois mil anos atrás e, muitos bérbers se converteram ao judaísmo nos séculos subseqüentes.
A comunidade judaica foi muito diversificada por refugiados da Inquisição espanhola e por imigrantes durante a ocupação francesa. Desde os anos sessenta, cerca de trezentos mil judeus marroquinos emigraram principalmente para Israel, permanecendo ainda no país, provavelmente, cerca de dez mil.
Os judeus são a única minoria religiosa reconhecida oficialmente a quem é permitido levar a nacionalidade marroquina. O rei Hassan II desempenhou um papel significativo atrás dos holofotes no processo de paz no Oriente Médio, e a maior delegação estrangeira que compareceu a seu funeral era a de Israel.
Existe um sentimento anti-judaísmo entre os marroquinos e muitos sentem maior desconfiança e antipatia pelos judeus do que pelos cristãos. Como na Europa, os judeus em Marrocos sofreram discriminação e experiências de massacre durante a idade média e posterior. Entretanto, muitos marroquinos se orgulham da marca de sua nação quanto à relativa tolerância com a minoria judaica.
Hoje os judeus gozam de plenos direitos como cidadãos e alguns ocupam altas posições no reino. Sua contribuição para a economia é significante.
Judeus marroquinos observadores tendem a ser ortodoxos e imunes às tendências liberais do Ocidente.
Descrição da preparação de um casamento judeu em Marrocos no ano de 1832
Jewish
Sephardic wedding song from Morocco
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