quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sinagoga de Breteuil - Marselha - França



Localizada na Rua de Breteuil, nº 117 – Marselha


Trata-se de uma das comunidades francesas mais importantes, numericamente falando. A presença de judeus é muito antiga. Já nos séculos V e VI, o Bispo de Marselha quis convertê-los. O Bispo foi, por isso, repreendido pelo Papa Gregório Magno (c.540-604). Benjamim de Tudèle recenseia, em 1165, trezentas famílias judias em Marselha. 



Robert, conde da Provença e rei da Sicília, protege a comunidade judaica da fúria assassina durante a Cruzada Popular – Croisade des Pastoureaux, em 1320.

No reinado de Louis XI, os judeus alcançaram certos privilégios. A comunidade medieval vivia numa “carrière” (termo provençal para gueto). Nos séculos XII e XIII, contavam-se alguns talmudistas ilustres entre a comunidade judaica de Marselha.

No século XIV, os judeus de Marselha dedicaram-se, especialmente, ao comércio e à medicina. Neste período são referidos 34 médicos judeus. 


O fabrico do sabão, de grande importância na economia marselhesa, foi introduzido pelo judeu Crescas Davin, entre 1371 e 1401. 




A dedicação dos médicos judeus, vai granjear-lhes a protecção do rei René. Bonnel de Lattès, membro de uma célebre família de médicos e talmudistas, tornar-se-á médico particular do Papa Alexandre VII (1599-1604). 






Em finais do século XVIII, a cidade abrigava uma comunidade de duzentas famílias. Em 1790, a Revolução Francesa atribui a emancipação aos judeus de Marselha, deixando estes de ser “Gente de Nação Judaica”.
O papel de Marselha na liderança das comunidades do Sul de França é reforçado com a criação da Assembleia Rabínica, em 1808.
Ao longo do século XIX, os judeus de Marselha contribuem activamente para o desenvolvimento industrial e financeiro da cidade, cujo crescimento aumentou com a criação do Canal do Suez, em 1869. 




Após a chegada dos judeus da África do Norte, contam-se mais de cem mil judeus em Marselha. 



Citemos alguns nomes de pessoas famosas: o jornalista Luís Astruc (1857-1904), o pintor Edouard Cremieux (1856-1944), o escritor André Suares (1868-1948), o grande compositor nascido em Marselha, Darius Milhaud (1892-1974) e Albert Cohen (1895-198), que descobriu o anti-semitismo aos dez anos!




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