sexta-feira, 31 de agosto de 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

“RINALDO” E A CONQUISTA DE JERUSALÉM




Georg Friedrich Händel (1685-1759)
 
     “Rinaldo” é uma ópera em três atos, estreada em Londres no ano de 1711, do compositor alemão Georg Friedrich Händel, mais tarde naturalizado inglês. O libreto é de Aaron Hill e baseia-se no poema de Torquato Tasso “Gerusalemme Liberata”, de 1580. A ação desenrola-se na época da Primeira Cruzada (1096-1099), quando o exército chefiado por Godofredo de Bulhão avança vitorioso para a sua última missão: a conquista de Jerusalém aos muçulmanos.
 
Rinaldo e Armida, 1734, François Boucher, Museu do Louvre
 
Rinaldo, descrito como um temerário cavaleiro cruzado, é enfeitiçado por Armida, uma feiticeira de Damasco aliada de Argante, o muçulmano que governava Jerusalém. Armida retém Rinaldo no seu jardim encantado na Síria, e ambos vivem um amor ardente. Entretanto, Almirena, a filha de Godofredo prometida em casamento a Rinaldo, chora a sua desventura. No final, Rinaldo liberta-se do feitiço de Armida, regressando aos seus deveres de cavaleiro cristão.
    Na época de Händel, a finalidade de cada ópera era mostrar os personagens principais, isto é, os cantores, numa variedade de situações emocionais fortes que se sucediam umas às outras. O tema principal era o amor frustrado, sendo os temas secundários as lealdades conflituosas e as ambições desmedidas. O final tinha de ser sempre feliz.
     Após estes considerandos, propomos a audição da ária Lascia ch’io pianga (“Deixa que eu chore”), uma das mais famosas da ópera “Rinaldo”; nela, Almirena, filha de Godofredo de Bulhão, chora o seu amor não correspondido por Rinaldo. Escolhemos uma passagem do filme Farinelli (1994) de Gérard Corbiau, que retrata a vida do famoso castrato Carlo Broschi, que ficaria para a posteridade como Farinelli.
 
 
     Como se pode verificar, a futilidade do libreto não corresponde à densidade dramática da música. Aliás, numa época em que o público nem sequer questiona a crueldade exercida sobre milhares de meninos que, ano após ano, são castrados para satisfazer uma moda, ou seja, o “requinte” de ouvir vozes de características únicas, é difícil exigir mais seriedade. Então e Jerusalém? Para a mentalidade europeia do século XVIII bastava saber que os cristãos tinham conquistado Jerusalém.
     Mas, e nós, judeus, como é que nós lembramos esta conquista de Jerusalém? As palavras de Elie Wiesel - Ser judeu, é reclamar o nosso direito à memória bem como o dever de a manter viva -, expressam tudo quanto queremos dizer sobre a memória, porque a memória cria laços entre o passado e o presente. Importa, assim, lembrar o que aconteceu aos judeus na Primeira Cruzada.
 
A GUERRA SANTA
 
Peregrinos cristãos diante da Igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém, guardada por sarracenos
 
    Na Guerra Santa levada a cabo pelos cruzados, o objetivo era lutar contra os inimigos infiéis, quer fossem judeus, muçulmanos, pagãos, ou heréticos. Mas, o grande inimigo era o infiel que dominava o Santo Sepulcro: os muçulmanos. Entretanto, a Europa enfrentava alguns problemas internos, como a luta entre o poder religioso e o poder civil, ou o crescimento demográfico que se verificou no século XI, aumentando o número de marginalizados que procuravam formas de sobrevivência; o banditismo foi uma delas. Então, que resposta dar ao problema religioso e a uma insegurança motivada por um crescimento desgovernado da população?
 
Papa Urbano II exorta à Cruzada
 
    O Papa Urbano II (1088-1099) encontrou a solução: deslocar a atenção dos problemas internos e canalizar energias para a conquista do Santo Sepulcro em Jerusalém, apelando à Cruzada, de maneira a unir os cristãos, reafirmar o poder da Igreja e fortalecer a autoridade papal. Importa salientar que os cristãos ortodoxos de leste precisavam urgentemente da ajuda dos cristãos ocidentais, pois estavam a ser atacados pelos turcos seljúcidas na Anatólia. Mas antes que se organize a Primeira Cruzada ou Cruzada dos Nobres, nasce a chamada Cruzada Popular ou dos Mendigos.
 
OS MASSACRES DA PRIMEIRA CRUZADA
 
Massacre de Judeus na Primeira Cruzada, Bíblia séc. XIII
 
    O apelo à Cruzada vai despoletar uma onda de violência contra as comunidades judaicas de França e Alemanha, apesar da interdição da Igreja e da oposição de monarcas como Henrique IV, imperador do Sacro Império Romano Germânico. A ideia, muito enraizada na população, de que os judeus são os assassinos de Cristo, torna-nos numa presa fácil. Muitos cristãos questionam-se, porquê percorrer milhares de quilómetros para combater o inimigo, se ele está tão perto? É igualmente legítimo ponderar a questão pecuniária, já que muitos cruzados precisaram de contrair empréstimos para financiar a suas expedições à Terra Santa, recorrendo a judeus usurários. Convém lembrar que a usura, proibida a cristãos pela Igreja Católica, era permitida a judeus. Assim, estes cruzados, a coberto de uma missão religiosa, desembaraçaram-se comodamente das suas dívidas.
 
Pedro, o Eremita, mostra o caminho de Jerusalém aos cruzados (iluminura de c. 1270)
 
    O monge franco Pedro, o Eremita, que nenhum cronista acusa de pregar contra os judeus, inflamou multidões com as suas palavras, liderando um movimento popular, não oficial, que ficou conhecido por Cruzada Popular ou Cruzada dos Mendigos e que teve início em 1095. Estima-se em cerca de 40.000, o número de peregrinos, plebeus e cavaleiros de baixa estirpe, que por onde passam semeiam a destruição, provocando uma onda de massacres e conversões forçadas entre as comunidades de judeus do norte de França e da região da Renânia. De certa forma, fizeram com que o caminho para Jerusalém passasse pelas comunidades judaicas.
 
Cruzados durante o saque
 
Nas crónicas judaicas da Idade Média, estas perseguições a judeus ficaram conhecidas por Gezerot Tatnou - «Decretos do ano 4856».
 
Massacre dos peregrinos de Pedro, o Eremita
 
.....Sem recursos financeiros, preparação militar, ou qualquer tipo de disciplina, os peregrinos da Cruzada dos Mendigos foram praticamente exterminados por soldados muçulmanos, em Niceia, na Anatólia (atual Turquia), em Outubro de 1096, nunca chegando à Terra Santa. O monge Pedro conseguiu fugir.
 
 
A CONQUISTA DE JERUSALÉM
Godofredo de Bulhão conquista Jerusalém, Gustave Doré
 
    Em Julho de 1099, os cruzados chefiados por Godofredo de Bulhão, conquistaram Jerusalém. De acordo com as crónicas do arcebispo Guilherme de Tiro, com uma tal violência que quando os muçulmanos se refugiaram numa mesquita, foram trespassados a fio de espada. Quanto aos judeus que conseguiram refugiar-se numa sinagoga, esses, foram devorados pelo fogo ateado pelos cavaleiros cristãos.
 
MEMÓRIA E LEGADO DAS CRUZADAS
 
 
 
Na memória das populações locais do Médio Oriente, os movimentos militares dos cristãos foram vistos como invasões. Chamaram-lhes as Invasões Francas.
 
 
   As cruzadas, se por um lado aprofundaram o desentendimento entre cristãos e muçulmanos, sem esquecer um racismo crescente em relação aos judeus, por outro estimularam as relações económicas e culturais entre a Europa e a Ásia Menor. A Europa passou a conhecer produtos como o algodão e o açúcar. Finalmente, as cruzadas influenciaram a cavalaria europeia e durante séculos inspiraram a literatura. Exemplo disto é o poema “Gerusalemme Liberata”, que está na base da ópera “Rinaldo” de Händel.
     Se quisermos usar de uma certa liberdade, podemos interpretar as palavras de “Lascia ch’io pianga” como uma memória dolorosa das dores infligidas pela intolerância, naquele tempo, que se repetiu tantas vezes nesta nossa Europa.
 
 
Lascia ch'io pianga, mia cruda sorte,
e che sospiri la libertà.
Il duol infranga queste ritorte
de' miei martiri, sol per pietà!
 
 Deixa que eu chore o meu destino cruel,
que eu suspire pela liberdade.
A dor quebra estas cadeias
dos meus martírios, só por piedade!
 
 
Este artigo foi-me oferecido na íntegra pela minha amiga
Sónia Craveiro,
A quem mais uma vez agradeço com imenso carinho
 
Muito obrigada
Beijinhos

Fontes:
Sónia Craveiro
GALWAY, James, “A Música no Tempo”, Gradiva;
HISTÓRIA UNIVERSAL COMPARADA, vol. V, Círculo de Leitores;



 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A casa queimada na cidade velha de Jerusalém!







A casa queimada (em hebraico: השרוף הבית) é um magnífico edifício no bairro judeu da Cidade Velha de Jerusalém.


A casa queimada também é conhecida pela casa de Katros devido à inscrição  gravada numa placa que foi descoberta na casa. A família Katros é mencionada pela primeira vez no Talmud numa lista de quatro famílias de sacerdotes do templo favorecidos por sua posição.

Foi nomeada a casa queimada, porque é um testemunho singular da destruição e queima de Jerusalém pelos romanos em 70 AEC.

A casa foi queimada durante a conquista da cidade alta de Jerusalém pelos romanos, no oitavo dia do mês de Elul, no mesmo fogo que destruiu o templo.


Após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, foi reconstruída no Jewish Quarter, e realizadas extensas escavações arqueológicas na região, incluindo a casa incendiada. Foram encontradas moedas na casa emitidas pelos governadores romanos da Judeia, assim como outras emitidas pelos rebeldes judeus em 67/69 AD. O piso térreo da casa queimada foi exposto e revela uma casa com uma área de cerca de 55mts quadrados.


Inclui um pequeno pátio, quatro quartos, uma cozinha e um micvê (espaço onde realizam banhos de purificação). As paredes da casa foram mantidas a uma altura de cerca de um metro. Hoje, a casa queimada é um museu aberto ao público.







*No interior da casa, para além da exposição passam um filme onde é dramatizada a situação vivida por aquela família até à destruição e à morte de todos. Muito bem feito. A sala escurece toda, e o filme é projetado sobre o que se vê na foto, na parede ao fundo. É como se estivesse mesmo a acontecer ali, à frente dos nossos olhos.





As fotos do interior da casa, o texto* que as acompanha como informação adicional e o link sobre o tema, foram  cedidos por:

Paula Rodrigues,

a quem deixo os meus sinceros agradecimentos pela inteira disponibilidade e simpatia.


Muito obrigada

Beijinhos


Fontes:
Paula Rodrigues

http://eteacherhebrew.com/es/articles/la-casa-quemada-en-jerusal%C3%A9m

Crédito: judaica trimestre

1ª foto: Jerusalemshots

sábado, 25 de agosto de 2012

“Baruch amavdil ben codesh le chol”


Havdalá!

“Bendito seja Aquele que separa entre o sagrado e o mundano.”


Shavua Tov!
Pinturas de:
Zvi Malnovitze

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Mulher que Corrigiu o Sumo-sacerdote

Por Chana Weisberg



Um olhar mais profundo sobre Chana



A história começa no ano 2830 quando o marido de Chana, Elkanah, leva sua família numa peregrinação a Shiloh, o local do Tabernáculo, o centro espiritual temporário que precedeu o Templo. Elkanah é casado também com outra mulher, Penina. Chana, sem filhos, sofre humilhações por parte da sua rival mais afortunada, que tem muitos filhos.

Solenemente, Chana entra no local sagrado em silêncio, oferecendo preces sinceras por um filho. Eli, o Sumo-sacerdote, desacostumado a preces tão sinceras e silenciosas, pensou que ela estivesse embriagada.


“Durante quanto tempo ficará bêbada? Trate de ficar sóbria!”, Eli repreende Chana.


Chana responde: “Não, meu senhor, sou uma mulher de espírito triste. Não bebi vinho nem licores, mas abri minha alma perante D’us.”


Eli conclui: “Vá em paz, e que o D’us de Israel conceda seu pedido.”


No ano seguinte nasce Shmuel, filho de Chana. Quando é desmamado, Chana o leva ao Tabernáculo para ser ensinado por Eli. Shmuel cresce e se torna o destemido Profeta que coroou os primeiros Reis de Israel, Shaul e David.



Fonte:


Numa primeira leitura retiramos uma mensagem igual a tantas outras, uma mensagem de fé inabalável, mas depois podemos imaginar esta história como sendo um tronco de uma árvore, acrescentar vários ramos  e a cada um o número de folhas que serão as mensagens que conseguimos retirar.
Acredito que cada um de nós irá ter uma árvore com poucas folhas e para que a mesma seja saudável, será necessário juntar todos os ramos e folhas de todas as histórias e principalmente de todas as passagens da Torah.
Depois de completa, só temos que pensar um pouco de como podemos usar estas mensagens na nossa vida, nos dias de hoje, caso contrário esta árvore nunca dará frutos ou flores, só sombra.
A minha vai ficar com pouco verde, vou precisar de estudar o resto da minha vida para a transformar numa árvore mais forte e com uma vida mais longínqua, e será o meu filho e os meus netos que a irão completar e plantar mais. (assim espero)
Se eu conseguisse desenhar, desenhava um tronco a que chamaria Vida e colocaria os meus ramos com as respetivas folhas… vou tentar e agora vamos ver quantos ramos eu consigo e com quantas folhas ficará em cada um:



Ramo 1 – Chana

Folha 1 – Chana entrega o seu futuro na fé em Hashem e vai ao centro espiritual rezar com todas as forças que tem e ainda as que não tem. Ela é uma das duas esposas, não tem filhos e sente-se humilhada perante Penina que tem muitos. Vou chamar esta folha de Sofrimento.

Folha 2 Ela corrige o Sumo-sacerdote, não por arrogância, mas pelo direito que tem de o fazer. Hashem ensinou-nos que não devemos de acatar tudo de todos. No entanto ela responde com sinceridade mas com respeito, apesar de ter acabado de ser retratada como bêbeda e repreendida pelo Sumo-sacerdote! Vou chamar a esta folha de Humildade. Também a podia chamar de compreensão.

Folha 3 – Chana, foi uma mulher com muita fé, dedicada ao seu marido, educada, paciente e persistente. E a última folha deste ramo e vou chamar de Sabedoria. Sabedoria, porque é necessário saber lidar com estas situações, mesmo em momentos muito difíceis.

O ramo 1 só tem 3 folhas L



Ramo 2 -  Elkanah (marido de Chana)

Folha 1 – Elkanah partiu em peregrinação com sua família para um centro espiritual. Sua família atravessava algumas dificuldades e não estava feliz. Como crente que era, ele sabia que a solução passava pelo sacrifício, orientação de um Sumo-sacerdote e não hesitou em procurar essa ajuda. Vou chamar esta folha de Iniciativa. Não podemos apenas lamentar o que de menos bom nos acontece, temos que assumir uma atitude activa e partir para a luta.

Folha 2 – Ao partir nesta peregrinação com sua família e com todos os sacrifícios, ele não está só a pedir, ele já está a dar, ao ensinar os seus filhos que nesta vida as coisas não caem do céu, que temos que lutar por elas e que o cumprir com os mandamentos, é o mais acertado. Por isso vou chamar a esta folha de Educação. A nossa educação, não pode ficar apenas pelo que lemos nos livros, passa pela experiência de vida e nem sempre é fácil, mas sempre vale a pena.

O Ramo 2 só tem 2 folhas L



Ramo 3 - Sumo-sacerdote Eli

Folha 1- Quando pensamos num Sumo-sacerdote, assumimos que este ser por ter mais conhecimentos que os demais terá menos probabilidades de errar que qualquer um de nós, mas não nos podemos esquecer que ele é humano e também ele tem as suas justificações para os seus atos menos favoráveis. Ele erra quando apelida Chana de bêbada e a repreende, dois erros seguidos. Vou chamar esta folha de Injustiça. Todos nós cometemos um sem fim de injustiças, mesmo aqueles de quem nós não estamos à espera, e este é o caso. Aprender a perdoar é preciso.

Folha 2 – Mas Eli não estava habituado a preces tão “sinceras e silenciosas”, pelo que não compreendia a atitude de Chana, tirando assim uma conclusão precipitada e errada, porém não temos o direito de julgar os outros pelos outros ou por nós, só D’us pode julgar. Vou chamar esta folha de Juízo. O mais facil de fazer em vez de julgar, é tentar colocarmo-nos no lugar da outra pessoa, fazer perguntas, tentar entender e isso  só se consegue através do Diálogo.

Folha 3 – Eli porém escuta a resposta de Chana compreende e aceita, percebendo assim o seu erro, e diz-lhe: “Vá em paz, e que o D’us de Israel conceda seu pedido.” Aqui não está escrito um pedido de desculpas por parte de Eli que apesar da sua falta de hábito em receber pessoas tão crentes, nada justifica o seu erro, mas pode estar escrito nas entrelinhas porque ao manda-la seguir em paz e pedindo que o D’us de Israel oiça as suas preces, ele próprio estaria pedir por ela também. Vou chamar esta folha de Compaixão, mas com pena de não lhe poder chamar arrependimento. Sabemos que  os tempos eram outros e que existiam ainda muitos diamantes com arestas por limar, mas hoje sabemos que não é errado e nem é vergonha admitir que fomos injustos e cruéis. Não devemos hesitar em pedir desculpa sempre que temos consciência que cometemos um erro. Por outro lado, tal como aqui, podemos receber estas mensagens camufladas, cada um pode acabar por usar uma forma diferente de o fazer.

E o ramo 3 só tem 3 folhas (isto não me está a correr nada bem)



Ramo 4 – Shmuel

Folha 1 – Shmuel é o resultado de muita fé, cumprimento, devoção a Hashem e à família. Tornou-se no destemido Profeta que coroou os primeiros Reis de Israel, Shaul e David. É por isso fruto de muito amor, sacrifício, educação, coragem e iniciativa. Vou chamar esta folha de Sucesso. Chana e sua família foram compensados por Hashem que lhes dá uma criança e ainda volta a colocar Eli no caminho da mesma para que possa receber uma melhor educação e preparação para a vida. Afinal, tudo acaba bem, quando o caminho que escolhemos é o correto.


Ou quase tudo...O ramo 4 só tem 1 folha. Vou de mal a pior, ou talvez não, ainda tenho poucas mas boas e úteis. Não estou infeliz, até porque só agora iniciei o meu caminho.

Conclusão:
Tenho uma árvore com um tronco, quatro ramos e nove folhas. É uma árvore nova, muito frágil ainda, mas vou pensar em todas as folhas e tentar perceber quais eu uso mais no meu dia-a-dia e as que ainda preciso de adquirir. Das 9 folhas, uma delas eu sei que não devo usar, a do Juízo, mas não vou retira-la da árvore porque ela está lá para me lembrar que a vida tem imperfeições e que sou eu que tenho que ter a coragem de escolher aquilo que acredito ser o mais correto. Talvez um dia eu saiba ser como a Chana!

Agora conto com a Torah e com todos vós para continuar a crescer e a multiplicar as minhas folhas.  ZD


Eu disse mais acima: Se eu conseguisse desenhar...se..., mas não é o caso e tive vergonha de pedir ao meu filho que desenha muito bem para o fazer por mim...Mas como tudo na vida, temos que ser nós a fazer e isso acontece com um passinho de cada vez.

ZD