quinta-feira, 30 de maio de 2013

Momento de estudo!


A Parashat Shelach!

Pintura de Alizia Freedman - Shelach

(…)Moshê perguntou ao Todo Poderoso: "Consentes em enviar espiões à Canaã?" "Se você assim o desejar," respondeu D'us, "não o impedirei. Mas envie espiões por você mesmo, não por Mim."

Apesar de D'us saber que os espiões falhariam em sua missão e trariam punição à geração inteira, não os proibiu de viajarem concedendo-lhes o livre arbítrio. Os espiões entretanto tinham a opção de trazer um relato positivo e tornar a missão um sucesso. (…)

Ver resumo completo: 


Comparando o ontem com o hoje e preparando o futuro…

Cambaleando
Você se recorda de seus primeiros passos?






A princípio o seu pai ou a sua mãe seguravam nas suas mãos e o ajudavam a caminhar pela sala. Depois, um belo dia, ele ou ela se agachava à sua frente, ainda segurando nas suas mãos. De repente, dava um passo para trás, soltava a sua mão, e lá estava você, cambaleando por conta própria.

 Você corria até sua mãe. Talvez conseguisse chegar até seus braços. Talvez você caísse com a cara no chão. Em qualquer dos casos, você jamais deixou realmente seu abraço, porque o tempo todo os braços dela rodeavam você, a centímetros de seu corpo, preparados para deixar você cair, mas preparados também para impedir ou amparar sua queda se isso fosse realmente necessário.

Mas você provavelmente não percebia aqueles braços protetores. Como poderia notá-los, quando cada músculo em seu corpo pequenino e cada célula em seu cérebro infantil estava concentrado no esforço de colocar um pezinho na frente de outro e chegar até sua mãe?

Quem não passou por este sentimento pungente, indefeso, no decorrer de sua vida? Quem não se sentiu abandonado por D'us, à deriva em um mundo hostil? Mas D'us, disse o mestre chassídico Rabi Yisrael Báal Shem Tov, está apenas agindo como um pai benevolente ensinando o filho a andar. Você nunca se afasta de Seu abraço, embora, por vezes, não percebamos Seus braços nos rodeando. De fato, como poderíamos, consumidos como estamos pela assustadora tarefa de colocar um pé cambaleante na frente do outro, na meta de chegar a Ele - por nossa conta.

Imagine o choque de Moshê quando D'us lhe disse: "Não estou lhe dizendo o que fazer. Faça conforme seu próprio entendimento lhe diz.".

D'us já tinha falado com Moshê muitas, muitas vezes, mas sempre fora para dizer-lhe o que fazer. Moshê, vá até o Faraó. Diga-lhe isso e ameace-o com aquilo. Traga as pragas, divida o mar, junte o maná a cada manhã - mas lembre-se, porção dupla às sextas-feiras, nada no Shabat. Eu sou o Senhor teu D'us. Não terás outros deuses diante de Mim. Honra teu pai e tua mãe. Não mates. Não roubes. Não cozinhe um cabrito no leite de sua mãe. Viaje ali. Acampe aqui.


E então, um dia, os Filhos de Israel tiveram esta idéia. Vamos enviar espiões, disseram a Moshê, para percorrerem a terra de Canaã, que D'us nos ordenou conquistar.

Pintura de  Shoshannah Brombacher 


"D'us não falou para enviar espiões" - disse Moshê.

"Mas achamos que é uma boa idéia. Pergunte a Ele."

Então Moshê perguntou, e D'us lhe disse: 

"Não lhe estou dizendo o que fazer. Faça conforme seu entendimento lhe ditar."

A nação de dois anos de idade estava começando a andar.


A volta dos espiões
Pintura de Mordechai Edel

Os espiões voltaram após 40 dias, na noite de 9 de Av. Primeiro, elogiaram e louvaram Israel para serem convincentes, depois amedrontarem o povo citando os gigantes e as frutas monstruosas. Não lhes foi pedido que opinassem se a Terra era ou não conquistável. Se quisessem externar seus pontos de vista, deveriam tê-las mencionado a Moshê em particular.


Ao ouvirem a descrição de "exércitos inimigos invencíveis", o povo começou a perder a coragem. Por isso, Yehoshua levantou-se para contradizer as palavras dos espiões, mas sem obter sucesso. Calêv levantou-se e gritou de maneira provocativa: "Este foi o único ato que o Filho de Amram (Moshê) perpetrou para nós?" Esperando que Calêv os apoiasse, os espiões silenciaram a multidão. Obtendo atenção geral, Calêv concluiu: "Moshê fez muito mais! D’us partiu o Mar Vermelho para nós, nos deu o maná? Por que estão com medo de conquistarem Canaã se Moshê assim transmitir a vontade de D’us? Moshê jamais nos iludiu ou induziu a erro. Se ele assim o diz, é porque podemos prevalecer sobre nossos inimigos. Mesmo se a Terra estivesse situada nos próprios céus e Moshê nos obrigasse: 'Construam escadas e subam até lá,' deveríamos segui-lo. Nosso sucesso baseia-se em obedecê-lo, pois o que quer que Moshê diga é a vontade de D'us."  Ao ouvirem as palavras de Calêv, os espiões apressaram-se em contradizê-lo. "Não é como está dizendo; não podemos prevalecer sobre essas pessoas, pois são mais fortes que nós."



O povo não queria mudar de ideia. "Acreditamos nos dez espiões. Além disso, Yehoshua e Calêv não negaram que as cidades são fortificadas e que encontraram gigantes!" Moshê, então argumentou: 




"Tudo o que eu já lhes disse não é invenção minha, mas uma ordem direta de D'us. Se estou prometendo que Ele os levará à Terra e destruirá todos seus inimigos, a garantia é do próprio D'us. Aquele que realizou todos estes milagres até agora continuará a operar milagres mesmo depois que vocês entrarem em Israel."






Sem comentários:

Enviar um comentário