NU E SILENCIOSO
Eis-me despedido de todos os enfeites
Caminhando nu sobre o pó... da noite
Tentando encontrar-te na ausência
Em que na minha me afogo.
Procuro no silêncio vislumbrar teu rosto
Iluminar minha noite com o esplendor
De tua face que, eu em vão tento imaginar.
Se na minha semelhança te encontro
Como dizem: alguns em seus escritos.
Recuso; de tão imperfeito que sou
A clara grandeza para meu contrito coração.
No silêncio da noite tento escutar-te
Caminhar a teu lado em jardins suspensos
Colocar a mão sobre teu ombro e falar
Sobre toda a nudez que me cobre a alma.
Mas não habito o jardim das almas
E meu infausto corpo ainda é ruido
Para tão pouca fé que me acalenta.
Joaquim Monteiro
Este poema e imagem foram retirados do mural da minha amiga
Maria Augusta Pereira
Muito obrigada
Beijinhos
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