sexta-feira, 29 de julho de 2016

Cartas de Lisboa | Pinchas



Pinchas

Iris Wexler painting



A Parsha desta semana apresenta em detalhe as muitas oferendas a serem efectuadas no Templo. Ainda que obviamente muito importantes na rotina do ritual Judaico, não se esperaria encontrar aqui uma mensagem que é a mais universal de todas as muitas mensagens incluídas na Torá.




Ainda assim, é exactamente isso que acontece de acordo com o Rabi Jacó Ibn Chaviv, autor do Ayn Yaakov, o qual viveu em Portugal durante o período da expulsão, e que identifica um versículo da nossa Parsha como a mensagem quintessencial da Torá.




Bamidbar 28:4 "Uma ovelha será oferecida por ti pela manhã e a outra ovelha será oferecida por ti pela tarde”. Este mandamento refere-se ao “Corban Tamid”, a oferenda diária de cada manhã e tarde, diz-nos ele, é o verso mais geral e inclusivo da Torá.



Rachelle Levinstsn painting


Como assim? O que é que nesta mensagem tão simples é tão importante ao ponto de ser considerada a mensagem central da Torá para todos nós?



A resposta é a de que o ponto fundamental é a consistência. Este sacrifício oferecido duas vezes ao dia é referido como o “tamid”, o constante. Todo e cada dia do ano, desde o mais sagrado ao mais mundano, de manhã e a tarde o “Tamid” era oferecido no Templo.


Cada dia trás novos desafios, quer externos, quer ditados pelo ambiente em que nos movemos, ou – e bem mais difíceis – lutas internas que cada um de nós encontra. Aqui a virtude da consistência é de importância extrema.


Na sua vida pessoal o Rabi Ibn Chaviv teve experiências de tremenda e abrupta mudança, como aliás todo o Povo Judaico dessa época. Durante este período em Portugal um dos seus filhos foi convertido à força e o cumprimento, mesmo das partes mais simples dos costumes e rituais Judaicos tornou-se uma questão de vida ou de morte.


Ainda que os altos e baixos da nossa vida não sejam felizmente tão drásticos, continua a ser possível para nós compreender a profundeza da sua mensagem. Independentemente do que nos rodeia e de como nos possamos sentir a cada momento, temos de continuar a nossa tarefa de cumprir a nossa missão de cumprir a Torá e todos os seus Mandamentos todos os dias.



Shabbat Shalom!
Cortesia do Rabino


Eli Rosenfeld
chabadportugal.com

sexta-feira, 22 de julho de 2016

sexta-feira, 15 de julho de 2016

"LA LOUANGE"



Shabat Shalom!


Yehiel Attias peinture

"LA LOUANGE"
Huile sur toile | 55/65


Fonte e Contacto do Artista:

https://www.facebook.com/profile.php?id=100005347845067&fref=nf&pnref=story.unseen-section

sexta-feira, 8 de julho de 2016

"Mur de Jérusalem" By Batsheva Bouskila


Shabat Shalom!



Ver mais obras e contacto da pintora:

https://www.facebook.com/batsheva.bouskila?fref=nf&pnref=story

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Cartas de Lisboa | Palavras


Shelach




Na Parsha desta semana lemos sobre a história dos espiões. Moisés escolheu doze pessoas para explorar a Terra de Israel. Quando eles regressam e apresentam o seu relatório, tudo parece desmoronar-se. Os espiões discutem o que descobriram, e o Povo Judeu revolta-se contra Moshe e expressa o desejo de voltar ao Egipto!


A questão que preocupa todos os comentadores da Torá é saber exactamente o que os espiões fizeram de errado. Não estavam eles a ser simplesmente fiéis à sua missão ao apresentar o relatório sobre o que viram?


Dom Abarbanel no seu comentário a esta Parsha mostra-nos como nas palavras dos espiões podemos ver as suas verdadeiras intenções.

                                                                                                     
 Moisés pediu aos espiões para se concentrar em três questões principais.



Como são os povos da terra? Fortes ou fracos?

Como são as cidades? São fortificadas e muito povoadas?

Por último, como é a terra? Há frutas? E como são as árvores?


Quando os espiões voltaram, responderam Ao último conjunto de perguntas em primeiro lugar, imediatamente falando sobre as frutas e produtos agrícolas quando isso era a última coisa que Moisés tinha solicitado!



Pintura de Giovanni Lanfranco – “Moses and the Messengers from Canaan”



É aqui, diz Dom Abarbanel, onde podemos ver algumas das influências subtis das intenções negativas dos espiões. Embora eles respondam com verdade às perguntas de Moisés, eles tinham a sua própria agenda.


Esta agenda foi visível na forma como eles apresentaram as suas descobertas. Em vez de responder a cada uma das perguntas de Moisés na ordem em que foram apresentadas, eles respondem ao último conjunto de perguntas em primeiro lugar.


Diz Dom Abarbanel, eles fizeram isto para discutir rapidamente os aspectos positivos e minimizar o seu valor. Sim, o fruto é fantástico, mas não pensem muito nisso, porque é inacessível.


A intenção era colocar as perguntas anteriores, sobre as fortificações e força dos locais, no final, de modo a poder elaborar e salientar estes desafios, fomentando assim o medo.



Shabat Shalom!
Cortesia do Rabino 

Eli Rosenfeld
chabadportugal.com

Lecha Dodi!



Shabat Shalom!


Pintura de Eveline Weil