Shelach
Na Parsha
desta semana lemos sobre a história dos espiões. Moisés escolheu doze pessoas
para explorar a Terra de Israel. Quando eles regressam e apresentam o seu
relatório, tudo parece desmoronar-se. Os espiões discutem o que descobriram, e
o Povo Judeu revolta-se contra Moshe e expressa o desejo de voltar ao Egipto!
A questão
que preocupa todos os comentadores da Torá é saber exactamente o que os espiões
fizeram de errado. Não estavam eles a ser simplesmente fiéis à sua missão ao
apresentar o relatório sobre o que viram?
Dom Abarbanel
no seu comentário a esta Parsha mostra-nos como nas palavras dos espiões
podemos ver as suas verdadeiras intenções.
Moisés pediu aos espiões para se concentrar em três questões principais.
Como
são os povos da terra? Fortes ou fracos?
Como
são as cidades? São fortificadas e muito povoadas?
Por
último, como é a terra? Há frutas? E como são as árvores?
Quando os espiões voltaram, responderam Ao último conjunto de
perguntas em primeiro lugar, imediatamente falando sobre as frutas e produtos agrícolas
quando isso era a última coisa que Moisés tinha solicitado!
Pintura de Giovanni Lanfranco – “Moses and the
Messengers from Canaan”
É aqui, diz Dom Abarbanel, onde podemos ver algumas das
influências subtis das intenções negativas dos espiões. Embora eles respondam
com verdade às perguntas de Moisés, eles tinham a sua própria agenda.
Esta agenda foi visível na forma como eles apresentaram as suas
descobertas. Em vez de responder a cada uma das perguntas de Moisés na ordem em
que foram apresentadas, eles respondem ao último conjunto de perguntas em
primeiro lugar.
Diz Dom Abarbanel,
eles fizeram isto para discutir rapidamente os aspectos positivos e minimizar o
seu valor. Sim, o fruto é fantástico, mas não pensem muito nisso, porque é
inacessível.
A intenção era colocar as perguntas anteriores, sobre as
fortificações e força dos locais, no final, de modo a poder elaborar e
salientar estes desafios, fomentando assim o medo.
Shabat
Shalom!
Cortesia
do Rabino
Eli
Rosenfeld
chabadportugal.com
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