terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Rabbi Jonathan Wittenberg





Rabbi  Jonathan Wittenberg


Vou colocar aqui um pouco acerca da sua nobre existência através do seu próprio site

Nós tivemos o prazer de o conhecer e de ter estado na sua casa na nossa primeira ida a Londres. Na altura eu, marido e filho estávamos lá a estudar e tínhamos ido assistir a alguns workshops.

A porta estava e está sempre aberta, as pessoas entram, comem, bebem enquanto discutem à sua mesa sobre os mais diversos temas do judaísmo, e tudo isto estando ele presente ou não, a porta está mesmo sempre aberta para todos. Eu não compreendi. Inicialmente confesso que me fez alguma confusão, aquele entre e sai, um rodopio de gente que usava a sua sala, cozinha onde abriam e fechavam armários, tiravam e faziam chá, café e até  lá pernoitavam uma ou duas noites aqueles que não queriam ou não podiam ficar em hotéis.

Eu não entendi, estava chocada e perguntava-me: Mas o Rabbi e sua esposa permitem isto? Não têm medo que deixem tudo sujo, que partam a sua loiça e mais grave que levem algo da sua casa? Sim, porque eles não conhecem todas as pessoas que entram e saem do seu lar, eles não nos conheciam e deixaram-nos lá com tantos outros, e alguns tal como nós, pela primeira vez enquanto foi à sinagoga fazer um dos serviços religiosos.

Mas eu não entendi, estava demasiado preocupada em aprender e com outras coisas que hoje sei não terem qualquer importância. Hoje sei porque as suas acções me ensinaram  que eu não entendia porque o meu egoísmo não me permitia. Bem, a verdade é que aprendi, admiro, mas admito que ainda não passei à acção. L

Conforme podem ver na foto, o Rabbi Jonathan tem o ar mais doce do mundo, se um dia tiverem o privilégio de o ouvirem falar vão perceber que a sua voz tem um tom tão terno que nos cativa em segundos.

Depois de o conhecer fiz um montão de perguntas sobre este ser que mais parecia ter saído de um conto de fadas do que da realidade actual a que estamos habituados. 

Só mais tarde entendi que para o Rabbi Jonhathan não existem objectos com valor, para ele, existe D-s, as pessoas, os animais e a natureza em geral. Foi o primeiro ser que conheci na minha vida real totalmente desinteressado pelo mundano.

Mais tarde, na nossa 3ª ida a Londres voltei a vê-lo, foi um dos três Rabinos que formavam o júri do nosso Beit Din, ao lado do Rabbi Chaim Winner e do meu Rabbi Jules Harlow.

Conhece-lo, ouvi-lo e aprender com ele foi um verdadeiro privilégio. Muito obrigada.


Clique no link:


Livros de Jonathan Wittenberg:







domingo, 13 de dezembro de 2015

Hanukkah Hoje | Hanukkah Amanhã!



“Au revoir Mme Hanouka...”


Richard Weisberg Painting



The Brightness of Hanukkah 



Michelle Citrin | Hanukkah Lovin'




Richard Weisberg 

Michelle Citrin

sábado, 21 de novembro de 2015

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Israel em Portugal apresenta:




O Meu Vizinho é Judeu



O Meu Vizinho é Judeu, no Casino do Estoril a partir de 25 de Novembro: "Num prédio, vivem vários casais sem filhos, algumas pessoas sós, poucas famílias. A ignorância encontra a curiosidade, quando um vizinho ingénuo, atordoado pela obsessão da sua mulher pelo povo Judeu, interpela o vizinho de baixo questionando a sua identidade.

Bruno Nogueira interpreta um homem sob a influência do poder invisível das mulheres. Desesperadamente, procura satisfazer a sua mulher trazendo-lhe respostas curtas para perguntas demasiado grandes.

Miguel Guilherme carrega a nota biográfica do autor, um judeu ateu massacrado pelos preconceitos daqueles que vêm na diferença o perigo e a ameaça.

Com muito humor abrem-se as portas à discussão sobre questões sérias, e as personagens riem-se, também elas, mascarando a dor, do desencontro e das pequenas contradições que as tornam mais humanas."

Bilhetes em: http://artfeist.bol.pt/Comprar/Bilhetes/31218-o_meu_vizinho_e_judeu-casino_estoril_auditorio/

sábado, 31 de outubro de 2015

Shavua Tov!










A painting of Abraham's departure by József Molnár.

Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=j6k1jHAYtbI

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

De Geração em Geração





Pintura de Richard Weisberg – “Transmission”


Parashá Nôach




A Terra estava corrompida diante de Deus e cheia de violência
(uma ilustração das 1728 Figuras da Bíblia)



Texto do Rabino Shabsi Alpern:


Mais uma vez estamos lendo na Torá a conhecida história de Nôach, do Dilúvio e de Avraham. Mais uma vez ponderamos sobre essas histórias e tentamos aprender algo de novo com elas. A sua beleza é tanta, que não envelhecem com a idade, não se tornam entediantes com a repetição, pois essas histórias são-nos contadas pela palavra de D'us.


Há muitas semelhanças entre as vidas de Nôach e Avraham, e também muitas diferenças. Tanto Nôach quanto Avraham foram homens de uma coragem impressionante. Cada um deles se destacou de maneira ímpar contra toda uma geração.


Cada um deles viveu numa geração que se tinha afastado muito do conhecimento de D'us, e dos Seus caminhos; e ambos, à sua própria maneira, tentaram influenciar a sua geração e levá-la de volta a D'us. É aqui que vemos uma grande diferença.


 
Nôach fez o possível para salvar a sua geração. Durante 120 anos, ele foi construindo lentamente a arca, e cada martelada era um aviso ruidoso ao povo para retornar a D'us antes que fosse tarde demais. Quando todos esses avisos falharam, restava apenas uma coisa a Nôach para fazer - buscar refúgio na sua arca para salvar a si mesmo e à sua família, em prol das futuras gerações. (Aguarela de James Tissot)


Avraham, ainda criança, reconheceu seu Criador, e soube que havia um D'us que criara o mundo, que cuidava de toda a criatura, cujos caminhos eram os da justiça, misericórdia e bondade. Avraham soube que tinha de contar isso ao mundo, e faze-los ver essas coisas óbvias tão claramente quanto ele as via. Avraham foi inflamado com uma grande fé em seu supremo triunfo. Enfrentou a morte, desafiou os seus amigos mais próximos e os seus inimigos mais ferrenhos. E quando já tinha feito todo o bem na sua comunidade nativa, pegou o cajado de caminhante para divulgar o conhecimento de D'us ao redor do mundo. (Pintura de Shoshannah Brombacher)


O que nós aprendemos com Nôach e Avraham?


Há tempos em que temos de construir uma 'arca" para salvar a nós mesmos e aos nossos filhos, a fim de nos proteger contra os turbulentos e tempestuosos dilúvios. Há tempos, porém, em que temos de sair e lutar pela palavra de D'us, e, como Avraham, construir locais de refúgio e abrigo para viajantes e andarilhos que perderam seu "endereço judaico".


Agora é a hora em que todo mundo deve ser um Avraham para salvar a nós mesmos e aos outros que também podem e devem ser salvos.


Que tenhamos sucesso nessa missão tão vital!





Fontes:

http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/3086730/jewish/Nach-eAvraham.htm

domingo, 4 de outubro de 2015

O significado de Simchat Torá




Simchat Torá
5-7 de outubro, 2015 - 21-23 Tishrei 5776
(Com inicio a 4 /10 à noite e término a 6/10 à noite)


Bykov painting – “Simchat Torah”


União e igualdade de direitos são temas-chave de Shemini Atsêret e Simchat Torá, datas nas quais nos alegramos com a Torá.

A melhor maneira de celebrar Simchat Torá seria dedicar os dois dias à leitura da Torá. Mas é justamente o contrário que ocorre. Todos os judeus, sem excepção, pegam a Torá fechada e dançam com ela nos braços.

O acto encerra uma grande lição: se os festejos fossem realizados com a Torá aberta, com sua leitura, haveria distinções entre um judeu e outro, pois a compreensão e o conhecimento de cada um são diferentes. Com a Torá fechada, mostramos a união e a igualdade de todos os judeus, unidos pela mesma alegria. O texto não é lido, mas todos sabem que é algo precioso e, por isso, dançam juntos e em total alegria.



Michal Meron painting 


Here Simchat Torah is celebrated in the old Ghetto of Venice between the Levantine and the Spanish synagogues. Today the community of Venice uses mainly these two synagogues for their functions. The Spanish synagogue is used in summer and the Levantine synagogue in winter. So after Simchat Torah we take all the books and the scrolls and carry them to the Levantine synagogue.



Michal Meron painting



Fontes:
Texto: O significado de Simchat Torá
http://www.michalmeron.com/products/simchat-torah-in-the-old-ghetto


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Curiosidades Judaicas | Marialva e o seu Castelo








O Castelo de Marialva, na Beira Alta, localiza-se na vila de Marialva, Freguesia e Concelho de Mêda, Distrito da Guarda, em Portugal.






No topo de um penedo granítico, em posição dominante sobre a vila e a planície cortada pela antiga estrada romana, encontra-se estrategicamente colocado na região fronteiriça do rio Côa (Ribacôa). Um verdadeiro complexo medieval, cujas suas raízes mergulham no passado histórico de Portugal, ligando-se ao trágico destino dos Távoras.



Vista da vila de Marialva a partir do Castelo


Mais uma viagem por terras de Portugal. Desta feita e apenas para conhecer mais um local, e porque estávamos de passagem decidimos parar nesta tão linda terra. Marialva. Confesso que esta paragem foi impulsionada pelo Castelo. Como amantes desta nossa história tão rica, não lhe resistimos.  

Mas temos pontaria, fomos conhecer mais uma terra de judeus. Destes, pouco consegui apurar, apenas casas, marcas cruciformes e um fly dado pelo colaborador da loja do castelo, onde assinalava, “ a Casa dos Judeus” (fora do Castelo e que é utilizada como bilheteira e loja do mesmo).  





A Casa dos Judeus


Já dentro do castelo, uma casa assinalada como a “casa da judia”. Quanto a factos concretos, apenas os Távoras, mas mais história e nomes…Nada L



A Casa da Judia (assinalada como nº 13 no mapa do castelo)




Mas valeu a pena, foi muito emotivo calcar ruas e ruelas pisadas em tempos pelos nossos antepassados. Evidentemente recorrendo a alguns conhecimentos sobre o nosso povo nestes tempos tão longínquos, fomos permitindo que a nossa imaginação nos levasse para aquela era.

Na ausência de muita informação sobre os nossos, deixo-vos com a história deste castelo.




O Castelo Medieval




D. Afonso Henriques (1112-1185) encontrou a povoação abandonada. Para incentivar o seu repovoamento e defesa, passou-lhe Carta de Foral, garantindo privilégios não só aqueles que por iniciativa régia ali se estabeleciam na ocasião, mas a todos os que assim o fizessem no futuro. Embora esse documento não apresente data, acredita-se que tenha sido passado posteriormente a 1158, admitindo-se a data de (1179). Acredita-se que a primitiva feição de seu castelo remonte a esta fase, a partir da observação das características construtivas do aparelho da muralha e de uma das torres.

Na transição para o século XIII, o rei D. Sancho I (1185-1211) prosseguiu as obras de edificação do castelo, ampliando-lhe os muros que passaram a envolver a vila. O seu filho e sucessor, D. Afonso II (1211-1223), confirmou-lhe o foral (1217).






Em 1296 D. Dinis (1279-1325) partiu de Castelo Rodrigo à invasão de Castela, reivindicando as terras além do Côa, que efetivamente vieram a ser incorporadas a Portugal pelo Tratado de Alcanizes (1297). Nesse contexto, Marialva incluía-se no rol das povoações atendidas por aquele monarca, e assim lhe foi procedida a reconstrução do castelo. Este soberano instituiu, em 1286, a feira mensal de três dias, oferecendo privilégios a quem ali praticasse o comércio, visando o mesmo objetivo de incentivo ao povoamento. À época, a vila já se espalhava extramuros, na direção Norte.

Quando da crise de 1383-1385, Marialva e seu castelo tomaram o partido do Mestre de Avis.

No século XV, D. Afonso V (1438-1481) concedeu-lhe o título de condado tendo D. Vasco Fernandes Coutinho recebido o título de conde de Marialva (1440).

No século XVI várias intervenções foram promovidas: por D. Manuel I (1495-1521), que passou o Foral Novo à vila (1515), pelo Infante D. Fernando (irmão de D. João III (1521-1557) e marido de D. Guiomar Coutinho, filha do último conde de Marialva), e por D. Sebastião ainda sob a regência de D. Catarina d'Áustria (1557-1562). Desta última intervenção é testemunha a data de 1559, inscrita na muralha.











 

 






 

 

Podia continuar a partilhar mais fotos, mas o resto fica para ser visitado por todos vós. Boa visita J


Fontes:


Fotos de Manuela Videira, Rafael e Carlos Baptista

https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Marialva