sexta-feira, 20 de março de 2020

A Aventura Espiritual de Uriel da Costa:



 Cristão-Novo do Porto


Porto e Massarelos (detalhe de uma gravura de Pedro Teixeira Albernaz), 1634


    Uriel da Costa (c.1583/84-1640), também conhecido por Uriel Acosta, foi um português cristão-novo nascido no Porto, cuja aventura espiritual foi objecto de grande polémica. Baptizado com o nome Gabriel, era o segundo de seis filhos de um casal de cristãos-novos: Bento da Costa Brandão e Branca Dinis, dos Roiz de Espanha. Tinham morada na Rua de São Miguel, que em tempos fez parte da Judiaria do Olival.

     Em 1581 Filipe II de Espanha vem tomar posse do reino de Portugal e, numa política de sedução, distribui algumas honrarias aos seus novos súbditos. Entre os agraciados está Bento da Costa, cavaleiro da Ordem de Cristo, a quem o monarca acrescenta o título de cavaleiro fidalgo da Casa da Infanta D. Isabel Clara Eugénia.

***

    Em 1541, D. João III ordenou que fosse instituída a Inquisição nos bispados do Porto, Lamego e Coimbra. O Porto foi palco de dois autos-de-fé, o primeiro a 11 de Fevereiro de 1543 e o segundo, catorze meses depois, a 27 de Abril de 1544. Com o seu desfile infame de penitentes, alguns dos quais condenados à fogueira, outros a prisão perpétua, e os menos desafortunados a prisão temporária, o espectáculo que, além de indigno, convidava as pessoas à ociosidade, gerou mal-estar entre os burgueses da cidade. Em 1547, por bula de Paulo III, o Tribunal do Santo Ofício do Porto foi extinto, para nunca mais reabrir. No entanto, como veremos mais adiante, os cristãos-novos do Porto não ficariam a salvo do terrorismo inquisitorial. 



“Uriel Acosta” por Leon Bakst (1866-1924)


    Gabriel da Costa estudou Direito Canónico na Universidade de Coimbra, intermitentemente entre 1600 e 1608. Em Maio de 1608 morre o pai, e Gabriel é nomeado chefe de família. Entre 1609 e 1611 é tesoureiro da Colegiada de São Martinho da Cedofeita, posição bem remunerada e de prestígio. Tendo já recebido ordens menores e a tonsura, tudo apontava para uma carreira eclesiástica auspiciosa. Mas com o agravamento das sanções sobre os cristãos-novos, a carreira eclesiástica ficara comprometida, assim como o cargo de tesoureiro da qual dependia. Renuncia, pois, à vida religiosa. Nos inícios de 1612, na qualidade de chefe de família deslocou-se a Lisboa para tratar de negócios. Na capital conheceu Francisca de Castro, cristã-nova como ele, com quem viria a casar em Março desse ano, no Porto.

     Gabriel terá sido acometido de inquietações de fé ainda em vida do pai, que era um católico devoto. Após a morte deste, e encorajado pela mãe, a aproximação à religião dos seus antepassados, o judaísmo, ganhou forma. Em 1612 já dinamizava no Porto um círculo de cripto-judeus, do qual faziam parte a mãe, os irmãos e os cunhados, e ainda Leonor de Pina e sua filha Branca, aparentadas com os Costa.

     Mas para os judeus conversos, cultivar uma identidade secreta digna de ser considerada “judaica” esbarrava com dificuldades quase intransponíveis, uma vez que ficaram isolados dos seus correligionários judeus e, de facto, privados de qualquer fonte de cultura judaica. Muitas das suas práticas apoiavam-se em ideias, não da Bíblia Hebraica, mas do Antigo Testamento, de textos com um cariz marcadamente antijudaico e de outros de propaganda cristã. “Judaizar” era cada vez mais uma memória de fragmentos de uma cultura passada, como acender as velas de Shabbat, vestir uma camisa limpa e rejeitar alimentos proibidos — costumes que faziam os marranos ainda sentir-se Judeus.

     Agustina Bessa-Luís, no romance que dedica a Uriel da Costa — “Um Bicho da Terra” —, refere-se aos marranos como “católicos sem fé e judeus sem cultura sagrada”.



Pieter Saenderman, “Antigo Edifício dos Paços do Concelho Municipal em Amesterdão”, 1657, Rijksmuseum, Amesterdão


    Em 1614, Gabriel da Costa, acompanhado da mãe, mulher, três dos seus irmãos e uma cunhada, saíram clandestinamente do Porto com destino a Amesterdão. A irmã, Maria, decidiu ficar no Porto com o marido. Viriam a ser presos em 1618, aquando de uma visitação inquisitorial que levou à detenção e confiscação de bens de centena e meia de cristãos-novos. Maria e o marido foram condenados a penitências num auto-de-fé em Coimbra, em Novembro de 1621.

      Jácome Rodrigues (aliás, Jacob Aboab, c. 1548-1604), tio materno de Gabriel, encontra-se entre os fundadores daquela que foi a primeira comunidade judaico-portuguesa de Amesterdão — a Beit Jacob [Casa de Jacob]. Formalizada a conversão da família Costa ao judaísmo, os dois irmãos mais novos instalam uma feitoria em Amesterdão, enquanto Gabriel (já chamado Uriel, após a circuncisão) e o irmão mais velho seguem para Hamburgo, para aí lançarem uma sucursal. Uriel usará o pseudónimo «Adam Romez» (homem no sentido literal ou bicho da terra), nomeadamente para tratar de assuntos jurídicos ou comerciar com Portugal.



Rembrandt, “Retrato de um Rabi”, c.1640-45, 
Colecção Leiden


    Ao contrário dos irmãos que se integram facilmente no judaísmo rabínico, Uriel não se adapta. O seu espírito rebelde recusa a exegese tradicional do judaísmo, que segundo ele se deve a meras invenções dos rabis: «não casam com os preceitos de Moisés. Ora se cumpria observar a Lei com pureza, segundo ela própria requer, mal andaram os chamados Doutores dos judeus com tantas invenções, que de todo o ponto destoam da Lei. Assim que não pude acabar comigo que me contivesse, antes entendi que faria cousa do agrado de Deus, se defendesse a Lei com isenção.» (EHV). Uriel repudiou a Lei Oral, reduzindo-a a uma interpretação talmúdica que se limitava a falsificar a Bíblia. Criticou, igualmente, de forma muito agressiva sinais e hábitos que ligavam o judeu à comunhão diária com Deus, como o uso dos filactérios (tefillin) que, afirmava (incorrectamente), não assentavam no texto bíblico.

     Em Hamburgo escreveu um panfleto — “Propostas contra a Tradição” —, catalogando aquilo que identificou como incoerências entre a Bíblia e a prática judaica, que enviou aos dirigentes da comunidade sefardita de Veneza. Em resposta, o rabi Leon Modena, de Veneza, contesta as teses de Uriel no texto “Magen Ve-Sina” [Escudo e Armadura], fazendo saber aos responsáveis comunitários de Hamburgo que Uriel seria excomungado, caso não se retractasse. Uriel não se retractou. Em conformidade, em Agosto de 1618 o tribunal rabínico de Veneza (grande autoridade espiritual entre os sefarditas) decretou a excomunhão de Uriel da Costa. Ao mesmo tempo que decorria na sinagoga «ponentina» de Veneza uma cerimónia presidida por Modena (presenciada pelo rabi de Amesterdão Saul Levi Morteira), em que Uriel foi excomungado in absentia, em Hamburgo a excomunhão foi executada «em corpo».



"Exame dos Tradições Phariseas Conferidas con a Ley Escrita por Uriel, Jurista Hebreo, com Reposta a hum Semuel da Silva, seu Falso Calumniador" (1624)


    Apesar de excomungado Uriel prepara um opúsculo incendiário, que dá continuidade ao articulado que havia enviado a Veneza em 1616 — “Exame das Tradições Phariseas” [Exame das Tradições Farisaicas] —, que foi o primeiro livro europeu a negar abertamente a imortalidade da alma e no qual defendeu que era um contra-senso acreditar que a Torah tivesse sido inteiramente escrita por Moisés ou sob inspiração divina, ofensas tanto à tradição judaica como cristã. Uriel sabia que as suas declarações punham em perigo a segurança da comunidade judaica.  A tolerância aos judeus de Amesterdão e, aliás, de toda a república holandesa, estava enquadrada numa regulação de 1616, que deliberava que os Judeus nunca diriam, nem publicariam nada que fosse insultuoso para a tradição cristã. O médico Samuel da Silva, também portuense e membro da comunidade luso-judaica de Hamburgo, rebate a obra ainda inédita de Uriel (de que se tinha apropriado e que reproduz) em o “Tratado da Imortalidade da Alma”, que publica em Amesterdão.

     Em 1623 Uriel da Costa deixa Hamburgo, determinado a responder ao «falso caluniador» Samuel da Silva com uma nova versão do “Exame”. De regresso a Amesterdão, tem encontros com os dirigentes das três comunidades judaico-portuguesas, que tentam convencê-lo a não publicar a obra. Em vão. Assim, a excomunhão (herem) de Hamburgo é confirmada. O *“Exame das Tradições Phariseas” foi publicado em 1624 e as consequências não se fizeram esperar:  os livros foram confiscados e queimados pela autoridade civil e o seu autor foi preso, condenado ao pagamento de uma multa e ao desterro. Uriel foi libertado quando os irmãos lhe pagaram a fiança. Nos quatro anos seguintes vive em Utreque. A mãe, Branca (aliás, Sara da Costa), reúne-se-lhe, mas já muito doente regressa a Amesterdão, onde morre em Outubro de 1628.

***

«Muitos dos que repousam no pó despertarão: uns para a vida eterna de méritos, e outros para o opróbrio eterno. Os sábios resplandecerão como o esplendor do firmamento, e os que ensinam as multidões como viver em integridade brilharão para sempre, como as estrelas.» Daniel 12:2-3

     O tema da ressurreição dos mortos e da imortalidade da alma, perceptível na Bíblia Hebraica já em Isaías, capítulo 26 (Isaías 26:19), é claramente expresso no livro apocalíptico de Daniel; negada pelos Saduceus — a autoridade sacerdotal do Templo —, foi veementemente defendida pelos Fariseus. O conceito da ressurreição do corpo que se reúne à alma, como parte da doutrina do judaísmo rabínico, é tratado na Mishnah (Capítulo 11 do Tratado Sanhedrim) que atesta o «mundo que há-de vir»; o comentário do Talmude desta passagem (Sanhedrim 90a ff) advoga vigorosamente este ponto de vista, por oposição aos saduceus.

     O “Exame das Tradições Farisaicas” de Uriel da Costa, que ironicamente deixa transparecer uma certa ideia de catolicismo (basta lembrar as vagas de difamação e perseguição às comunidades judaicas alimentadas pela Igreja, com base no argumento do Talmude não passar de um conjunto de invenções fabricadas pelos Fariseus, que haviam corrompido os ensinamentos originais da Bíblia), passou a integrar a lista de livros proibidos da Igreja; foi também contestado por Menasseh ben Israel na obra “De Resurrectione Mortuorum Libri III” (1636), dirigida contra os “Saduceus”.



Rembrandt, “Filósofo em meditação”, 1632, 
Museu do Louvre, Paris


    Após o levantamento do herem, Uriel regressa a Amesterdão e passado pouco tempo morre a mulher, Francisca de Castro. Em 1632 foi acusado de violar uma série de preceitos, entre eles os alimentares, e de ter desaconselhado dois cristãos da conversão ao judaísmo. Condenado a várias penitências, recusou-se a cumpri-las. Deste incumprimento resultou a reposição do herem lançado em Hamburgo e Veneza.

     Cansado de ser um proscrito, pede para o libertarem do herem. Para tanto, comprometeu-se a revogar as suas anteriores afirmações, a cumprir todos os preceitos e a submeter-se às penitências da praxe. No entanto, e a acreditar na sua autobiografia, não agiu de boa-fé: «Melhor será voltar à comunicação com eles e seguir-lhes as pisadas como eles querem, fazendo, segundo diz o rifão, de macaco entre os macacos».



Maurycy Gottlieb, “Uriel d’Acosta na Sinagoga” 
(Cena da Retractação), 1877, Museu Nacional de Israel, Jerusalém


    É também na sua autobiografia que descreve uma cerimónia pública de reconciliação realizada na sinagoga Talmude Torah. Conta que foi sujeito a uma penitência humilhante, que incluiu o *malqut (39 chicotadas simbólicas) e no atropelamento (também simbólico) à porta da sinagoga, em que os congregantes lhe transpuseram o corpo estendido, sem o pisar: «Então todos quantos desciam, passavam por cima de mim, quero dizer, levantando um pé, passavam para além junto da parte inferior das minhas pernas».

     Uriel da Costa suicidou-se em Abril de 1640. O seu suicídio chegou ao conhecimento geral através de um panfleto anti-semita — “Judaismus oder Judentum” —, de Johannes Müller, um influente pastor luterano de Hamburgo. Publicado em 1644, o texto inclui excertos da autobiografia de Uriel, cujo manuscrito, redigido em latim, terá sido «encontrado em cima da mesa, perto do cadáver». Em 1687, o eclesiástico remonstrante Phillipp van Limborch publicou a primeira versão integral da autobiografia de Uriel — “Exemplar Humanӕ Vitӕ” [Espelho da Vida Humana] —, a partir de uma cópia que herdou do seu tio-avô, o teólogo Simon Episcopius. Segundo Limborch, Uriel tinha disparado uma pistola na rua frente à sua casa, pretendendo atingir um familiar de quem se queria vingar. Falhando o alvo, entrou em casa e deu um tiro na cabeça com outra pistola. Infelizmente, até hoje não foi encontrado registo algum nos arquivos municipais de Amesterdão que permitisse apurar as circunstâncias da morte de Uriel da Costa.



Maurycy Gottlieb, “Uriel d’ Acosta e Judith van Straaten” (inspirado na peça “Uriel Acosta” de Karl Guztkow), 1877, colecção Holzerów, Cidade do México


      A iniciativa de Limborch deveu-se, não a qualquer tipo de empatia com o infortúnio de Uriel, mas antes à oportunidade de acusar os Judeus, colectivamente, de serem «um povo mundano» e «inclinado a dominar os outros». Todavia o seu propósito de caluniar os Judeus, teve um efeito inesperado: para as gerações de judeus mais recentes e mais receptivas a uma reforma, Uriel encarnou o herói trágico do livre-pensamento que ousou desafiar o judaísmo institucionalizado. “Uriel Acosta” de Karl Gutzkow, um filo-semita alemão do século XIX, é um drama ficcional sobre a vida e morte de Uriel. Concentrando-se no tema do amor, mostra um português marrano perseguido por cristãos e judeus, que em desespero comete suicídio com a sua amada Judith van Straaten. O melodrama de Glutzow, uma vez traduzido, tornar-se-ia uma peça de repertório das companhias de teatro yiddish da Europa Central e Oriental. E a lenda ganhou raízes, inspirando inúmeros artistas, da música às artes plásticas.





Karol Rathaus (1895-1954): “Uriel Acosta” (1936) --- London Symphony Orchestra dirigida por JoAnn Falletta



Jacques Callot, “Enforcamento” in 
“Les Grandes Misères de la guerre”, 1633


     O cisma religioso que convulsionou a Cristandade Ocidental entre 1526 e 1648, modificou profundamente a sociedade europeia. A afiliação confessional tornou-se uma questão política, determinando as relações entre países, príncipes e Estados. A divisão confessional foi exponenciada no período da “Guerra dos Trinta Anos” (1618-1648).  A Paz de Vestefália marcou o fim das hostilidades, estabelecendo uma nova ordem internacional.

     É neste clima de guerra, com os ânimos exaltados, que Gabriel/Uriel da Costa vive o seu drama espiritual, evidenciando, como muitos marranos, dificuldades de adaptação face a uma comunidade judaica organizada. Se em Portugal era um cristão-novo, em Hamburgo e Amesterdão era um judeu-novo. Mas Uriel foi demasiadas vezes intolerante: num dia professava o judaísmo e no outro atacava-o com a sanha dos seus antigos perseguidores. A sua intolerância, de resto, suscitou sentimentos de ultraje entre os guardiães da comunidade. Quem era ele, um antigo cristão, para menosprezar os incontáveis sacrifícios dos Judeus, muitos dos quais acabariam nas chamas da Inquisição? Quem era ele para depreciar o judaísmo tradicional, quando o seu conhecimento do hebraico (especialmente o requintado hebraico clássico da Mishnah) era pouco mais do que rudimentar? Quem era ele para desprezar a oportunidade que os gentios de Amesterdão concediam aos judeus de viverem em liberdade?



Assinatura de Uriel da Costa


     Uriel da Costa, obsessivo, confuso, rebelde, intolerante e imaturo, desafiou judeus e cristãos. Hoje teria encontrado uma sinagoga que acolheria as suas dúvidas, um rabi que tentaria ajudá-lo a manter-se judeu. Mas em Amesterdão, no século XVII, isso não era possível. Porém, num futuro próximo, a comunidade judaico-portuguesa de Amsterdão seria abalada por um outro escândalo, um verdadeiro terramoto: Baruch Espinosa.


  Notas:
*Durante muito tempo o livro de Uriel da Costa julgou-se perdido, mas em 1990 foi descoberto um exemplar na Biblioteca Real de Copenhaga — desde então o único conhecido no mundo —, cujo fac-simile foi publicado com uma tradução inglesa em Leiden (1993) e com uma leitura crítica em Braga (1995).
https://alpha.sib.uc.pt/?q=node/298643/cit
Exame das tradições farisaicas = Exame das tradições phariseas: Fac-simile do exemplar único da Biblioteca Real de Copenhaga
https://brill.com/view/title/2339
1993, Portuguese, English, Book, Illustrated edition: Examination of Pharisaic traditions = Exame das tradições phariseas: facsimile of the unique copy in the Royal Library of Copenhagen / Uriel da Costa; translation, notes, and introduction by Herman P. Salomon and I.S.D. Sassoon. Acosta, Uriel, ca. 1585-1640.

*Malqut: esta penitência encontra-se descrita na obra “Tesoros de Preceptos” de Ishac Atias, nascido em Portugal, filho de pais espanhóis que foi Haham da primeira congregação hebraica de Amesterdão, e a partir de 1622 foi nomeado rabi em Veneza.


   Fontes:

Costa, Uriel da, in DICIONÁRIO DO JUDAÍSMO PORTUGUÊS, Editorial Presença, Lisboa, 2009
BESSA-LUÍS, Agustina, “UM BICHO DA TERRA”, Guimarães Editores, 1984
SCHAMA, Simon, “A História dos Judeus/Volume II”, Temas e Debates/Círculo de Leitores, 2018
Costa, Uriel (Gabriel) da, in “O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos”, Círculo de Leitores
EXEMPLAR HUMAE VITAE/ ESPELHO DA VIDA HUMANA (Tradução de A. Epiphanio da Silva Dias em Uriel da Costa, Espelho da vida humana, Lisboa, Impr. Lucas, 1901, 36 págs.)
http://arlindo-correia.com/exemplar_humanae_vitae.html
La religion d'Uriel da Costa. Marrane de Porto (d'après des documents inédits)
[article]  I. S. Révah
Revue de l'histoire des religions  Année 1962
https://www.persee.fr/doc/rhr_0035-1423_1962_num_161_1_7731
MADEIRA, Rogério Paulo da Costa, “Ficção e História: A Figura de Uriel da Costa na obra de Karl Gutzkow”. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. 2009
https://core.ac.uk/download/pdf/144017793.pdf

https://en.wikipedia.org/wiki/Uriel_da_Costa
Inquisição do Porto – Arquivo Nacional – Torre do Tombo
https://digitarq.arquivos.pt/details?id=2318745
Inquisição do Porto, por Elvira Cunha de Azevedo Mea
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/6336.pdf
Judiaria do Olival
https://judeus.wordpress.com/tag/judiaria-do-olival/
Porto e os Judeus
http://recursos.visitporto.travel/multimedia/PortoeosJudeus_PT.pdf

 Um artigo de

Sónia Craveiro


Muito obrigada