Yom Yerushalayim
Yom Yerushalayim, ou Dia de Jerusalém (em hebraico: יום ירושלים ) é um feriado nacional israelita que comemora a reunificação da cidade de Jerusalém e o estabelecimento em definitivo do controlo político e militar sobre a totalidade da Cidade Santa, a partir do dia 7 de Junho de 1967, (Calendário Gregoriano).
A data é celebrada anualmente no dia 28 do mês de Iyar. O dia é marcado por cerimónias oficiais de Estado, serviços religiosos em memória dos soldados que tombaram na batalha em defesa da cidade, desfiles militares e a recitação de bênçãos especiais nas sinagogas. Há também festividades populares, com espetáculos de música e de dança. Os alunos de todo o país aprendem sobre a importância de Jerusalém, e as escolas costumam realizar dias especiais de comemoração.
Os alunos de todo o país aprendem sobre a importância de Jerusalém, e as escolas costumam realizar dias especiais de comemoração.
A cidade de Jerusalém pertenceu aos hebreus até o ano de 135 a.e.c., quando após uma fracassada revolta contra o Império Romano, o Imperador Adriano proibiu-os de entrar na cidade, rebatizando-a com o nome de Aelia Capitolina.
De acordo com o Plano da ONU para a partilha da Palestina de 1947, que propôs a criação de dois estados independentes no que era o Mandato Britânico da Palestina, Jerusalém deveria ser uma cidade internacional por um período de dez anos, sob administração das Nações Unidas, até que um plebiscito decidisse qual nacionalidade deveria administra-la a partir de então. O plano de partilha foi aceite pela liderança sionista, mas os representantes árabes optaram por rejeitar a proposta na sua totalidade.
Assim que Israel declarou a sua independência, a 14 de Maio de 1948, o novo país foi atacado pelos seus vizinhos árabes. A Jordânia invadiu e ocupou militarmente a parte leste de Jerusalém, inclusive a totalidade da Cidade Velha. As forças israelitas fizeram uma tentativa desesperada de expulsar as tropas jordanas, mas foram derrotadas.
A Cidade Velha e a parte Oriental de Jerusalém continuaram sob ocupação da Jordânia, e os residentes judeus daquelas partes foram violentamente forçados a sair, após saques e destruição de residências particulares, lojas e templos.
Pintura de Alex Levin
Sob o governo Jordano, metade das 58 sinagogas da Cidade Velha foram demolidas, e o cemitério judeu no Monte das Oliveiras foi saqueado e as suas lápides roubadas e usadas como pavimentação de ruas.
Em 1952, Gamal Abdel Nasser chegou ao poder no Egito, após um golpe de estado contra o rei Faruk I. Nasser propôs um pacto militar de “defesa mútua” com a Síria, a Jordânia e o Iraque, passando a liderar a coalizão de países árabes contra Israel. A imprensa árabe transmitia constantemente propagandas contra Israel, fomentando a hostilidade contra os judeus e prometendo “deitar os israelitas ao mar”.
Esquema da conquista da península do Sinai durante a Guerra dos Seis Dias.
No dia 18 de Maio de 1967, Nasser exigiu que a ONU retirasse a Força de Paz que estava na fronteira entre o Egito e Israel e deslocou as suas tropas para fazer frente às fronteiras israelitas. Quatro dias depois, ele ordenou o encerramento do Estreito de Tiran, interrompendo o fluxo comercial de Israel pelo Mar Vermelho.
A 4 de Julho, Israel estava cercado por tropas árabes que eram em maior número que as suas. A invasão militar era tida como certa. O Estado Israelita sabia que não teria como resistir a um ataque conjunto dos países árabes em duas frentes, e resolveu tomar a iniciativa dos combates na estratégia desesperada de obter alguma vantagem.
Militares israelitas ao lado de uma aeronave árabe destruída, em 1967.

Após a vitória, Moshe Dayan fez uma declaração radiofónica ao povo de Israel, comunicando a conquista de Jerusalém:

A 12 de Maio de 1968, o governo de
Israel proclamou o dia 28 de Iyar feriado municipal. Em 23 de Março de 1998, o
Knesset aprovou a Lei do Dia de Jerusalém, tornando o dia feriado nacional.
É hoje…
Mazal Tov
Jerusalém!
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