Balak
Na sua real missão para maldizer Israel, a viagem do
profeta Bilam, bem como o modo como esta culmina com palavras de louvor, ocupa
muito da parsha desta semana, Balak.
A Torá, que é sabido ser tão parcimoniosa mesmo com cada
letra, dedica amplo espaço à discussão em grande detalhe da viagem de Bilam,
especificamente lugares e ocasiões.
"De manhã Bilam levantou-se
… O anjo do Senhor colocou-se no caminho das vinhas … O anjo do Senhor
continuou em frente e parou num lugar estreito …”
(Bamidbar 22:21-26)
Porque é que a Torá nos dá conta de todos estes detalhes
aparentemente insignificantes?
O Rabi Abraão Sabá vê nesta descrição uma analogia para a
“própria vida”.
Do mesmo modo que a viagem de Bilam pode ser decomposta em
três partes – a manhã, a vinha, e o lugar estreito, também nós temos os
períodos correspondentes; o da juventude, o da idade adulta e dos anos mais
avançados.
Bilam gasta o tempo na sua viagem constantemente fugindo e
escondendo-se de D-us.
Apenas no final da sua viagem é
que os seus olhos se abrem, e só então ele percebe as coisas de uma perspectiva
Divina.
O desafio para nós, é aprendermos com este exemplo, para
que não esperemos que os nossos olhos se abram apenas nas horas finais, mas ao
invés, fazer o possível para aproveitar ao máximo toda a experiência.
Shabat Shalom!
Cortesia do Rabino
Eli Rosenfeld
chabadportugal.com
1ª: Balaam
and the Angel (illustration from the 1890 Holman Bible)
2ª: Balaam
and the Ass (watercolor circa 1896–1902 by James Tissot)
3ª: Balaam
and the Angel (1836 painting by Gustav Jaeger)
4ª: Cortesia de Harvard Art
Museum Museus
5ª: Balaam
Blessing the Israelites (illustration from the 1728 Figures de la Bible)
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