sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Parasha Re'eh



Pintura de Andi Arnovitz 


A parte final da Parasha desta semana refere-se aos "Shalosh Regalim," as três vezes ao ano em que o Povo Judaico de onde quer que sejam, viajariam a Jerusalém na observância dos Dias Santos. No meio da discussão sobre o Dia Santo de Shavuot, encontra-se o verso seguinte.



 “E lembrar-te-ás que foste escravo no Egipto e seguirás e cumprirás estas obrigações.”(Devarim 16:12)



Dom Abarbanel questiona a localização deste verso. Porque é que Shavuot é a altura de recordar o duro trabalho a que fomos sujeitos no Egipto?
Não seria a Páscoa, quando de facto comemoramos o Êxodo, uma altura mais própria para mencionar a nossa ancestral escravatura?
Dom Abarbanel explica que sim, que de facto é especificamente o Shavuot de entre os três grandes Dias Santos de peregrinação que requer este lembrete. A Páscoa e o Sukkot [o terceiro Dia Santo do ciclo] estão distanciados por exactamente seis meses, posicionados perfeitamente para que sejam disfrutados como um retiro espiritual das matérias mundanas.

Shavuot, é cerca de um mês depois da Páscoa, o que cria um desafio sério para quem tenha de viajar de novo a Jerusalém. Imediatamente depois de ter regressado a casa, tem de começar a planear o retorno a Jerusalém para o cumprimento deste Mitzva.

Ainda mais, a altura em termos do calendário agrícola e também muito complicada. A primavera, é um período em que é necessário estar-se constantemente nos campos para verificar e preparar os terrenos para a plantação das colheitas. 

Pintura de Solomon Boim

É por isto mesmo que, diz Dom Abarbanel, a Torá escolhe este momento para nos lembrar do nosso passado. Pode ser trabalho pesado, e sim podemos ter as mentes ocupadas, mas esta é a altura de agradecer a D-us as oportunidades que Ele nos concede.
Em vez da escravatura no Egipto, onde trabalhamos com dureza mas sem resultados, D-us deu-nos a liberdade de trabalhar na prossecução dos nossos objectivos e com a capacidade de obtermos incríveis resultados. 

No meio das nossas responsabilidades pessoais na altura do Shavuot, é a melhor altura para parar um momento e recordar quem de facto somos como Nação.


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